O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, a Federação Nacional dos Jornalistas e a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial se solidarizam ao repórter Luís Adorno, do portal Uol, que na tarde deste domingo foi agredido por um policial militar enquanto filmava uma abordagem da PM em manifestação na Avenida Paulista.
O jornalista, que é negro, filmava a abordagem policial a três jovens identificados como neonazistas, que teriam provocado manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro. Um dos rapazes abordados pela PM vestia um agasalho com suásticas nazistas na manga. Enquanto gravava a abordagem, o repórter foi empurrado por um policial militar branco, sem identificação, o que fez cair o aparelho celular, e danificá-lo.
Questionado pelo jornalista sobre a agressão, o PM respondeu: “Vem cá, vamos trocar uma ideia, o que você falou aí? O que você falou aí?”, e em seguida xingou o repórter.
O jornalista foi à delegacia para registrar ocorrência, e lá foi intimidado pelo mesmo PM que o agrediu. “Vamos trocar uma ideia, ficou com medo?” disse o policial.
As entidades repudiam a agressão, ameaça e intimidação do policial militar, e questionam o fato de o agente estar sem identificação, dificultando assim a denúncia. Sindicato, FENAJ e Cojira-sp cobram a devida responsabilização do agressor, e lembra que o Estado deveria ser garantidor dos direitos de manifestantes e jornalistas, e não violador.
Fonte:
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Federação Nacional dos Jornalistas
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo