Um vídeo publicado por Luciano Hang, nas redes sociais, provocou uma nota de repúdio da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina (Acadepol-SC) e fez a entidade entrar na Justiça, para que a postagem seja retirada do ar.
O empresário reclama da atuação da Polícia Civil no Estado e diz que “a segurança pública de SC é caso de polícia”.
Clique aqui e receba notícias de Chapecó e Região pelo WhatsApp!
A publicação de Hang afirma que furtos nas lojas da Havan da Grande Florianópolis, em Palhoça e São José, não foram solucionados. Ele afirma que a empresa apresentou “endereço, imagens do rosto e placa do carro dos bandidos”, e diz que ninguém pode ficar preso em SC “por causa da pandemia de Covid-19”.
No vídeo, Hang exalta a atuação da Polícia Militar e diz que os supostos problemas ocorrem nas delegacias da Polícia Civil.
A nota da Acadepol, assinada pelo presidente da entidade, Rodrigo Falck Bortolini, rebateu as críticas do empresário.
“Ressaltamos que os Delegados de Polícia continuam trabalhando incansavelmente na pandemia, período em que foram lavrados mais de 1000 autos de prisões em flagrante entre os meses de março e junho de 2020 apenas na região da Grande Florianópolis”.
A Associação informou que eventuais falhas de atuação precisam ser apuradas mediante a instauração de representação junto às instâncias competentes.
“Não expostas publicamente de forma irresponsável e generalista, insurgindo a população contra toda uma categoria que tem trabalhado diuturnamente no combate à criminalidade em nosso Estado”, afirma a nota.
Leia a nota de repúdio completa
“A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina (ADEPOL-SC) vem a público manifestar a mais profunda indignação com o pronunciamento do empresário Luciano Hang, proprietário das lojas Havan, veiculado na última quarta-feira (01.07.2020) em sua página na rede social Facebook.
Em manifestação através de um vídeo, o empresário afirma que os Delegados de Polícia não estariam efetuando prisões em flagrante sob alegação de impossibilidade diante da pandemia ocasionada pelo COVID-19.
Cita ainda, uma suposta não autuação de conduzido(s), em que o Delegado responsável não teria comparecido à unidade policial para atender aos funcionários de uma de suas lojas.
Ressaltamos que os Delegados de Polícia continuam trabalhando incansavelmente na pandemia, período em que foram lavrados mais de 1000 autos de prisões em flagrante entre os meses de março e junho de 2020 apenas na região da Grande Florianópolis.
Destacamos ainda que eventuais falhas de quaisquer servidores devem ser apuradas (e punidas) mediante a instauração de representação junto às instâncias competentes de acordo com a lei e não expostas publicamente de forma irresponsável e generalista, insurgindo a população contra toda uma categoria que tem trabalhado diuturnamente no combate à criminalidade em nosso Estado.
Ratificamos nosso total apoio ao trabalho desenvolvido pelos Delegados e Delegadas catarinenses, ombreados pelas demais carreiras da Polícia Civil, que incansavelmente continuam desempenhando suas atividades com afinco e dedicação.
Finalmente, salientamos que todas as medidas judiciais pertinentes ao caso estão sendo tomadas”.
Fonte: NSC