Coluna: Inquietações
Diante de nossa situação pandêmica, nossa vida está em suspenso, esperando a sorte ou a queda dessa jaca de quarentena, literalmente.
Sempre pensamos que em momentos de crise, há uma autorreflexão que imaginamos irá nos levar para algo melhor. Embora a história humana esteja repleta de momentos dramáticos, não há nenhum indício de que nosso comportamento, enquanto espécie, tenha melhorado. Óbvio!
A sensação latente que sentimos não é muito diferente de nossos ancestrais medievais. A primeira vítima sempre será a liberdade!
Crises demandam controle, controle demanda limites e regras e estas, exigem obediência. Sim, obediência é fundamental, mas a que ponto?
Poder e obediência têm moldado o mundo, forjado o caráter dos homens e servido de ingredientes permanentes em nossas reviravoltas históricas. A mais recente agora, lançou todo mundo em um balaio de gato ideológico e político.
Cada movimento é perfeitamente calculado, cada palavra metodicamente pensada, cada centímetro do campo de batalha é ferozmente defendido.
Mas, pera lá! Na batalha os ímpetos ardem! Palavrões aqui, tom de voz elevado lá, socos na mesa…
Impeachment já!
Nessa ciranda perversa, a demagogia é um terreno fértil com suas palavras doces e suaves, a não ser que a natureza crie um monstro. Ainda bem…
Cadáveres políticos insepultos, sempre na pregação de um estado “forte” para resolver crises. Claro, os setores de operações estruturadas aguardam ansiosamente a chegada do próximo “Messias”. Óbvio!
Quanto a você a mim? Somente a sobrevivência! Passo após passo nesse campo minado onde tudo é vigiado e julgado. A necessidade de se defender e subsistir são contra as regras.
“A paz é contra a lei, e a lei é contra a paz”…
Estamos tão atrasados assim?
A realidade se impõe! Ninguém andará por você! Cada dia vencido é uma história a ser contada…
Teremos condições de encarar?
Óbvio, você já sabe a resposta…
Guilherme Menegon Giesel
Gaúcho, Chapecoense por escolha, cientista inacabado e um entusiasmado por empreendedorismo.