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Região de Chapecó volta a ter fila de espera por UTI Covid

A região de Chapecó voltou a registrar fila de espera de pacientes com Covid-19 aguardando por leito especializado. Nas últimas semanas, a fila era considerada zerada, o que se manteve até domingo (6). No entanto, segundo o governo estadual, voltou a ter pessoas esperando por vaga: eram duas na segunda (7) e cinco na noite de quarta-feira (9). A taxa de ocupação geral nos hospitais da região está em 98,12%. Se considerados apenas leitos adultos Covid, a ocupação está em 100%. Houve também .

Além do Hospital Regional do Oeste, também integram a região Grande Oeste com disponibilidade de leitos de UTI os hospitais São José, de Maravilha, Regional São Paulo, de Xanxerê, e Regional Terezinha Gaio Basso, em São Miguel do Oeste. Segundo dados do governo estadual, na noite de quarta, os quatro estavam com 100% das UTIs adultas Covid ocupadas.

Para outras doenças, as unidades também estão cheias, com exceção do Regional do Oeste, que tem duas vagas de UTI adulto.

Hospital Regional São Paulo (HRSP), em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina é um dos quatro principais da região  — Foto: Ana Lucietto/Divulgação/HRSP
Hospital Regional São Paulo (HRSP), em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina é um dos quatro principais da região — Foto: Ana Lucietto/Divulgação/HRSP

Em todo estado, há 41 pessoas à espera de UTI, sendo o maior número do Norte e Meio-Oeste. A taxa de ocupação de UTIs adulto Covid em Santa Catarina é de 97,2%. Desde o início da pandemia, são 994.125 diagnosticados, sendo que 15.798 morreram. Atualmente são 22,1 mil casos ativos.

Casos ativos

Neste intervalo entre 1º e 9 de junho o número de pessoas doentes na região também registrou um leve aumento. Eram 3.035 casos ativos em 1º de junho e na quarta (9), 3268.

Chapecó, a maior cidade da região, acompanhou este aumento do número de casos ativos. Em 1º de junho o estado contabilizava 471 pessoas doente na cidade, sendo que na quarta (9) eram 585.

A prefeitura da cidade reconhece que houve aumento no número de casos ativos, mas diz que isso reflete “dados represados pelo laboratório do estado”.

A prefeitura diz que segue com medidas sanitárias para evitar o avanço da doença. No início do mês voltou a ter barreiras sanitárias no aeroporto e na rodoviária da cidade. A secretaria de Assistência Social também monitora os imigrantes que chegam à cidade.

Há também “central de monitoramento dos casos ativos e seus contatos domiciliares, unidade móvel Covid, além de testagem no comércio e indústria, testando e isolando suspeitos de Covid. Além disso tem o ambulatório de tratamento imediato do verdão, UPA e ambulatório Efapi”, informou a prefeitura.

Outra medida, adotada em Chapecó, como em outras cidades, são fiscalizações de medidas por parte da guarda municipal e vigilância sanitária, e a vacinação, que atualmente está em pessoas com 55 anos ou mais sem comorbidades, e grupos prioritários.

Barreira sanitária na Rodoviária de Chapecó — Foto: Prefeitura de Chapecó/Reprodução
Barreira sanitária na Rodoviária de Chapecó — Foto: Prefeitura de Chapecó/Reprodução

Relembre situação na cidade

O município anunciou ainda em abril pontos de referência de testagem para a Covid-19. Também em abril, um requerimento apresentado na CPI da Covid pediu que o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), seja um dos convocados para ser ouvido.

Em janeiro, a região Oeste começou a enfrentar falta de leitos de UTI do Sistema Público de Saúde (SUS). Em fevereiro, a situação se agravou. O prefeito de Chapecó chegou a admitir que havia colapso na saúde no município. A cidade teve mais mortos pela doença do que a média nacional.

O município de 224 mil habitantes suspendeu as atividades não essenciais por 14 dias no fim de fevereiro. Segundo especialistas ouvidos pelo portal G1, foram essas restrições que frearam o contágio do vírus na cidade.

A prefeitura orienta que quem tiver sintomas procure um dos ambulatórios ou a UPA para se consultar. Quem testar positivo, já recebe orientações de tratamento e precisa ficar isolado, assim como toda a família do paciente.

As pessoas que não ficarem em isolamento podem pagar multa de R$ 150 a R$ 500, de acordo com lei municipal, e responder por crime de infração a determinação do poder público destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa.


Fonte: G1

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