A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) a segunda fase da Operação Alcatraz, que investiga supostos crimes de corrupção, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa em Santa Catarina. A operação cumpre 34 mandados de busca e apreensão, 11 mandados de prisão preventiva e nove de prisão temporária. As ações acontecem em Florianópolis, Joinville, no Norte e Xanxerê, no Oeste.
O foco desta fase, batizada de “Hemorragia”, envolve contratos firmados pelas secretarias estaduais, empresários do ramo de tecnologia e servidores públicos. Segundo a PF, contratações de serviços eram feitas sem cotação prévia de preços, ou ainda, instruídos com orçamentos apresentados por empresas que possuíam relacionamento societário ou comercial entre elas.
A polícia afirmou ter identificado pagamentos irregulares que ultrapassam R$ 500 milhões. A Receita Federal e o Ministério Público participam das investigações.
Além dos mandados de busca, foram deferidas medidas cautelares como afastamento da função pública, proibição de contato com outros investigados e de se ausentar do país, e bloqueio de patrimônio dos investigados em valores que variam entre R$ 928 mil e R$ 37 milhões.
Operação Alcatraz
A primeira fase da operação Alcatraz foi deflagrada em maio de 2019, mas as investigações tiveram início em julho de 2018. O objetivo era combater fraudes a licitações e desvios de recursos públicos ligados a contratos de prestação de serviços de mão de obra terceirizada e do ramo de tecnologia.
Desde então, a Polícia Federal descobriu outras irregularidades em contratos na gestão publica estadual.
O G1 SC tenta contato com a Secretaria de Estado da Saúde nesta manhã de terça. Até as 8h20, não houve retorno.
Fonte: G1