Caminhoneiros argentinos seguem bloqueando a passagem na fronteira com o Rio Grande do Sul, de Paso de Los Libres para Uruguaiana, pelo segundo dia consecutivo. A manifestação é para que o governo argentino deixe de exigir teste RT-PCR negativo para Covid a transportadores internacionais. Eles pedem a adoção do teste rápido para detectar a doença, além da vacinação em massa para a classe.
Na quarta-feira (21), a ponte de Uruguaiana, que liga Paso de Los Libres à cidade brasileira, havia ficado bloqueada por seis horas, por decisão do governo.
O impasse iniciou após a exigência, pelo governo argentino, de exame RT-PCR negativo com até 72 horas de antecedência para ingresso no país. Os manifestantes brasileiros não concordam e pedem reciprocidade, ou seja: que o governo brasileiro também exija o exame para os transportadores internacionais ou que a argentina deixe de pedir o exame.
No Porto Seco de Uruguaiana, 280 veículos de exportação não conseguem sair do Brasil pela fronteira por causa do bloqueio.
No lado brasileiro, cerca de 30 motoristas seguem fazendo manifestação na frente da Receita Federal de Uruguaiana, na entrada do país.
Na quinta, a Associação Brasileira de Transportadores Internacionais informou que fez uma reunião com o governo federal para falar sobre a distribuição de insumos para a realização dos testes RT-PCR, já que faz parte da exigência do governo argentino para entrada no país.
O consulado argentino disse que segue tentando resolver o impasse, já que isso afeta o comércio internacional e a troca bilateral de produtos e que estão buscando possíveis soluções para que possam harmonizar um pouco os critérios de exigência de fronteira para os transportadores.
Fonte: G1