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Pastor da Comissão de Ética da Presidência é convidado para o Ministério da Educação

Jair Bolsonaro convidou Milton Ribeiro, integrante da Comissão de Ética da Presidência da República, para o cargo de ministro da Educação.

Ribeiro é pastor da Igreja Presbiteriana de Santos, ex-vice-reitor da Universidade Mackenzie e tem um doutorado em educação pela USP registrado no currículo. Sua indicação é atribuída a Jorge Oliveira, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. André Mendonça, ministro da Justiça e da Segurança Pública, também o apoiou.

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Durante o anúncio de que testou positivo para Covid-19, na última terça-feira, o presidente já havia falado em “um candidato de São Paulo”: era Ribeiro.

O pastor conversou com Bolsonaro, por ligação, na terça-feira (7). Após a reunião, Ribeiro disse a pessoas próximas que não acreditava que seria ele o escolhido, por não ter força política.

O MEC está sem ministro oficialmente desde 19 de junho –a sexta-feira em que Abraham Weintraub decolou rumo aos EUA. Na semana seguinte, Bolsonaro anunciou que Carlos Decotelli, ex-presidente do FNDE, assumiria o comando do MEC.

Após o anúncio, o reitor da Universidade Nacional de Rosário, Franco Bartolacci, contou a O Antagonista que Decotelli não tinha o doutorado que afirmava ter em seu currículo. O pós-doutorado na Alemanha também foi desmentido.

Com a repercussão negativa, Decotelli entregou uma carta de demissão a Bolsonaro em 30 de junho –cinco dias após a nomeação. Como nunca houve posse, bastou um decreto no dia seguinte para tornar “sem efeito” o ato de nomeação de Decotelli –fazendo com que o ministro nunca tenha sido, de fato, ministro.

Bolsonaro, logo depois, convidou o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para assumir a pasta. Após pressão da bancada evangélica e das alas ideológica e militar do Planalto, o presidente recuou da escolha. Feder, em público, disse que recusou o convite.

Com Antonio Paulo Vogel como ministro interino, Bolsonaro passou a avaliar com mais calma os nomes que chegavam à mesa. Os cotados correram para atualizar os currículos, para evitar novo vexame.

Mas, além do Lattes correto, Bolsonaro se preocupou principalmente em escolher um nome que agradasse às bases de apoio do presidente: evangélicos, militares e ideológicos.

 

Fonte: O Antagonista

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