“O projeto do anticristo está sendo muito bem elaborado e muitos vão pensar que se trata de apenas mais um avanço da tecnologia”. Assim começa um dos dois modelos de panfletos com mensagens apocalípticas que foram distribuídos no fim da tarde desta segunda-feira (10) na área central de Orleans, no sul de Santa Catarina.
O panfleto citado adverte que um microchip será instalado nas pessoas, reunindo informações de documentos e contas bancárias e “só vai aceitar a marca da besta aquele que quiser ou for seduzido pelas propagandas do projeto que serão muitas”.
Alguns versículos do livro bíblico de Apocalipse são citados ao longo do texto, que lança diversas ameaças referentes a um chamado “Governo do anticristo”.
No outro panfleto, cujo título é “O que é o sinal da besta??? Porque o número é 666???”, o autor volta a relacionar os microchips “que serão instalados em pessoas” e são “menores que um grão de arroz”.
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Nesse segundo panfleto, é sugerido que as pessoas “não devem aceitar a documentação eletrônica” e que todos devem “viver como indigente”, entremeando o conteúdo com várias outras ameaças de tom apocalíptico.
Como foi
— Ontem à noite (10/05), a nossa central recebeu uma ligação de um popular referindo que vários veículos estavam com esses panfletos nos parabrisas. Nos deslocamos e vimos em alguns carros, o solicitante já havia recolhido vários outros — confirma o tenente Arent, da Polícia Militar de Orleans.
Os cerca de 50 folhetos distribuídos foram deixados em carros estacionados nas redondezas da Igreja Matriz Santa Otília e de um supermercado, no Centro da cidade.
Imagens analisadas
A PM encaminhou o caso à Polícia Civil de Orleans, que já está empenhada nas buscas pelo possível autor.
— Tentamos verificar nas câmeras das ruas, mas não conseguimos identificar ninguém. Ainda não sabemos o horário exato em que os folhetos foram deixados — explica o tenente, que detalha: — Não temos suspeitas ainda sobre a autoria.
Se fosse apanhado em flagrante, o autor responderia a um termo circunstanciado e, caso avançasse um processo por contravenção penal, ele estaria sujeito a pena de 15 dias a 6 meses de detenção e multa, por provocar tumulto, alarde e anunciar perigo inexistente.
Fonte: NSC