Um tribunal da Noruega condenou nesta quinta-feira (11) Philip Manshaus, um jovem de extrema-direita, a 21 anos de prisão que pode ser prolongada, pelo assassinato de sua meia-irmã de origem asiática e também pelo fracassado atentado a uma mesquita de Oslo, em agosto do ano passado.
Manshaus, 22 anos, que também terá que arcar com os custos do julgamento e vários danos, foi condenado à pena máxima, com uma duração mínima de 14 anos, conforme alegado pela Promotoria, em um julgamento unânime do tribunal Asker e Baerum.
A defesa pediu absolvição, levantando dúvidas de que Manshaus era responsável por seus atos.
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O jovem ultra admitiu os fatos, embora tenha sustentado que agiu em defesa da “raça branca” durante um julgamento em que lamentava não ter matado mais pessoas.
Manshaus assassinou sua meia-irmã, com quem dividia apartamento em Baerum (nos arredores de Oslo), com vários disparos na cabeça da vítima.
Ele então dirigiu armado para a mesquita islâmica de Al Noor, próximo de sua casa, onde disparou vários tiros sem deixar feridos, até que dois homens idosos que estavam na mesquita conseguiram rendê-lo e o seguraram até a chegada da polícia.
O jovem carregava uma câmera no capacete onde registrava o ataque, imitando o autor dos ataques contra duas mesquitas em Christchurch (Nova Zelândia) – em que morreram 49 pessoas – e a quem elogiou expressamente nas redes sociais, como fez com outros líderes supremacistas.
Este é o segundo ataque de extrema-direita na Noruega na última década, após o realizado em 2011 por Anders Behring Breivik, que também foi condenado a 21 anos, que pode ser prorrogado por tempo indeterminado, após a morte de 69 pessoas.
Fonte: R7