Uma mulher de 19 anos atirou no rosto e no ombro de um colega de trabalho em Araranguá, no Sul catarinense. Segundo a polícia, em depoimento, ela contou que efetuou os disparos após o homem ter tentado estuprá-la. O caso aconteceu na terça-feira (20) no bairro Balneário Arroio do Silva. A jovem foi presa em flagrante, mas acabou liberada após audiência de custódia que determinou o uso de tornozeleira eletrônica.
O tiro efetuado contra o rosto atingiu a mandíbula do homem de 38 anos. Ele foi socorrido e levado ao hospital após o crime. A polícia não divulgou o estado de saúde.
Segundo o delegado Flávio Gorla, que estava de plantão na DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) de Araranguá no dia do crime, o homem era amigo do marido da jovem.
— A mulher trabalhava com ele [homem atingido]. Ela contou em interrogatório que o homem estava assediando muito. Ele passava com a caminhonete em frente a oficina do marido dela e inclusive o marido relatou que percebeu que um dia antes dos fatos viu várias vezes a caminhonete branca passando ali na oficina — disse Gorla.
O caso é investigado como tentativa de homicídio e arma usada no crime não foi encontrada. Segundo o delegado, a mulher não tinha marcas no corpo e nas roupas que indicassem a tentativa de estupro. Não foi feito exame de corpo de delito na jovem.
O crime
O crime aconteceu no carro do homem. O relatório da Polícia Militar (PM) aponta que versões distintas sobre o ocorrido apresentadas por ele.
Num primeiro momento, o homem contou que estava num encontro com a mulher e que ela teria sacado uma arma e atirado contra ele. Após os disparos, a jovem fugiu do local em uma motocicleta.
— A mulher trabalhava com ele [homem atingido]. Ela contou em interrogatório que o homem estava assediando muito. Ele passava com a caminhonete em frente a oficina do marido dela e inclusive o marido relatou que percebeu que um dia antes dos fatos viu várias vezes a caminhonete branca passando ali na oficina — disse Gorla.
O caso é investigado como tentativa de homicídio e arma usada no crime não foi encontrada. Segundo o delegado, a mulher não tinha marcas no corpo e nas roupas que indicassem a tentativa de estupro. Não foi feito exame de corpo de delito na jovem.
Ao ser novamente questionado, o homem mudou sua versão dizendo que o atirador na verdade era o marido da jovem. A PM foi até a casa do casal onde localizou a mulher. Ela teria dito a PM que a vítima a perseguia e que antes dos disparos tentou estuprá-la.
O marido da jovem disse não saber do crime. Ele contou à polícia que tinha uma arma espingarda em casa sem registro e foi preso por posse ilegal. O homem foi liberado após pagamento de fiança.
Na casa da homem alvejado também foi encontrada uma arma e o homem também será investigado por posse ilegal.
Dinâmica dos disparos
Mesmo com a confissão da jovem, a polícia investiga a dinâmica dos disparos para concluir a dinâmica do crime. Além dos tiros que atingiram o homem, outros dois perfuraram o carro onde aconteceu o crime. A polícia aguarda um laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) para determinar se a mulher estava dentro ou fora do carro no momento do crime.
Fonte: NSC