O governo federal manteve a estimativa oficial de recuo de 4,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2020. Os dados da SPE (Secretaria de Política Econômica), do Ministério da Economia, foram divulgados nesta quarta-feira (15).
Neste ano, o país deverá gerar R$ 7,1 trilhões em riquezas, enquanto a projeção é de R$ 7,6 trilhões para 2021.
A pasta manteve a previsão de recuo deste ano considerando a “melhoria dos indicadores”, apesar da extensão do isolamento social. Segundo o ministério, isso significa que as políticas adotadas pelo governo para combater os efeitos da pandemia na economia estão surtindo efeitos positivos.
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O ministério explicou ainda que os resultados de atividade econômica de abril e maio mostram que “o vale da crise provocada pela pandemia provavelmente ficou para trás. Houve retração na indústria, comércio e serviços, e apenas a agropecuária apresentou resultados positivos. Muitos indicadores de maio e junho mostram sinais de reação da economia para iniciar a saída do ‘fundo do poço’ e a recuperação no segundo semestre”.
A pasta afirmou ainda que as políticas econômicas se mostram efetivas para proteger as famílias e as empresas durante este período de instabilidade. No entanto, a pasta esclareceu que estas medidas são temporárias e precisam ser substituídas por ações que visem o aumento da produtividade da economia e o equilíbrio fiscal.
Para 2021, porém, a previsão é de reação da economia brasileira, com crescimento de 3,2%.
O IPCA, índice que mede a inflação oficial do Brasil, deverá fechar o ano em 1,6% e deverá acelerar para 3,24% no ano que vem. A previsão modesta para a inflação para esse ano se explica pelo choque de demanda bem acima da retração da oferta, alertou o ministério.
“Os principais responsáveis pela menor inflação esperada ainda deverão ser os bens industriais e os serviços. A desaceleração é resultado direto dos impactos na atividade econômica. Ademais, os preços monitorados também apresentaram forte recuo com destaque para Energia Elétrica, Gasolina e Óleo Diesel. Em sentido oposto, o grupo Alimentação no Domicílio que engloba, genericamente, alimentos vendidos por mercados e estabelecimentos similares, apresentaram aceleração”, diz a nota do ministério.
Fonte: R7