No último mês, a missão Solar Orbiter, conduzida pela Nasa e a Agência Espacial Europeia, capturou as imagens mais próximas já tiradas até hoje do Sol. Elas foram divulgadas nesta quinta-feira (16).
A missão foi lançada em fevereiro e se aproximou da estrela central do Sistema Solar em meados de junho. Todos os 10 instrumentos da missão foram, então, ligados pela primeira vez para coletar imagens e dados.
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As imagens foram tiradas a uma distância de 47.845.581 milhas (cerca de 77 milhões de quilômetros) de distância do sol. Essa passagem próxima, chamada periélio, estava dentro das órbitas dos dois planetas mais próximos do Sol, Vênus e Mercúrio.
Nas imagens, podem ser identificadas pequenas explosões solares perto da superfície, que os cientistas chamaram de “fogueiras”.
“Nenhuma imagem foi tirada do Sol a uma distância tão curta antes, e o nível de detalhe que elas [as imagens] fornecem é impressionante”, disse David Long, co-principal investigador da ESA Solar Orbiter Mission Extreme Ultraviolet Imager Investigation na Mullard Space da University College London Laboratório de Ciências, em comunicado.
“Elas mostram labaredas em miniatura na superfície do Sol, que parecem fogueiras milhões de vezes menores que as labaredas solares que vemos na Terra”, disse ele.
“Pontilhadas na superfície, essas pequenas labaredas podem desempenhar um papel importante em um fenômeno misterioso chamado aquecimento coronal, pelo qual a camada externa do Sol, ou corona, é 200 a 500 vezes mais quente que as camadas abaixo”, disse Long.
“Estamos ansiosos para investigar isso à medida que o Solar Orbiter se aproxima do Sol e nossa estrela em casa se torna mais ativa.”