Os produtos básicos de consumo registraram em 2021 alta superior a 15% em Chapecó. Isso é o que mostram dados levantados pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó e análise da área de Pesquisa e Estatística do Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom). Esse percentual é superior a dois instrumentos que servem para medir a inflação no Brasil: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que ficaram na faixa de 10% no ano passado.
Conforme o levantamento, a cesta básica composta por 57 produtos que considera o consumo de famílias que recebem de um a cinco salários mínimos, teve em 2021 elevação no custo em 15,84%, enquanto na cesta básica de 13 produtos a alta foi de 15,39%.
Já o IPCA, considerado o índice que mede a inflação oficial do país, apresentou aumento acumulado de 10,06%, ante alta de 4,52% em 2020 e que foi a maior desde 2015 (10,67%). Já o INPC, que mede a variação dos preços para famílias com renda de um a cinco salários mínimos, teve elevação de 10,16% no ano passado, acima dos 5,45% registrados em 2020.
Os produtos e os grupos
Especificamente quanto aos produtos, individualmente, as três maiores altas superaram no ano passado os 50% e a maior ultrapassou os 100%. Já as três principais reduções de preço foram de 26% a 40%.
A principal elevação de custo foi na laranja suco, em 108,86% (de R$ 12,41 para R$ 25,92), seguindo-se o café moído, em 58,11% (de R$ 4,13 para R$ 6,53), e o açúcar cristal refinado, em 54,44% (de R$ 30,86 para R$ 47,66). As reduções mais significativas de preços ocorreram no sabão em barras (-40,45%), de R$ 8,90 para R$ 5,30; na banana (-34,44%), de R$ 68,72 para R$ 45,05; e no xampu (-26,55%), de R$ 20,87 para R$ 15,33.
Quanto aos grupos, a pesquisa verificou que os produtos alimentares sofreram elevação de 16,54% no valor de janeiro a dezembro. Nesse grupo, os semi-industrializados foram majorados em 25,11%, os industrializados em 11,22% e os in natura em 9,40%. No grupo dos produtos não alimentares, a elevação do ano foi na ordem de 5,87%, com alta de 13,11% nos materiais de limpeza e de 0,42% nos artigos de higiene. Já o grupo dos serviços tarifados registraram para o consumidor elevação de 17,06%.