Há poucos dias pensei como deve ser difícil alguns governantes tomarem decisões sobre as vacinas. Recebem as vacinas e se aplica a primeira dose. Alguns governantes guardaram vacinas para a segunda dose, outros aplicaram todas as vacinas recebidas e não se preocuparam com a segunda dose. O que está mais correto? É uma decisão difícil para o executivo que tem a obrigação de decidir.
O que você faria? Particularmente, entendo que preferiria aplicar as vacinas ao maior número possível de pessoas, portanto, utilizaria todas, e aguardaria a normalização da entrega para aplicar a segunda dose. Mas, estamos falando de vidas. Vidas que gostariam de sobreviver, assim como, o governante também gostaria que sua decisão não ocasione desgastes. Os diferentes interesses do paciente e do governante motivam cada um deles. Um quer sobreviver e o outro pensa no impacto de sua escolha e no reflexo político de seu ato.
Para entender os significados e os interesses da vida todos deveriam ler o livro “Em busca de sentido” do autor Viktor E. Frankl, psicólogo austríaco, prisioneiro na Segunda Guerra Mundial, o qual viveu nos campos de concentração, passando todos os horrores para sobreviver. O que importava para eles que não tinham certeza de nada, apenas, viabilizar o dia seguinte. O que mais importava, era um pouco mais de alimento. Foi fundador da logoterapia, a qual, hoje ajuda milhares de pessoas, criada a partir das próprias experiências vividas nos campos de concentração e da observação de seus companheiros prisioneiros iguais a ele. Como viver situações desumanizadas, algo parecido com os tempos iniciais da pandemia do coronavírus, manter a liberdade interior, não renunciar ao sentido da vida, apesar de tudo o que se vive. Livro que muito nos ensina, se você não gostar dele, há outros, como “O lado difícil das situações difíceis” ou de como construir um negócio quando não existem respostas prontas, do autor Bem Horowitz.
Odair Balen
A opinião de nossos colunistas não reflete necessariamente a visão do veículo.