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Coluna | Não é só Futebol | Uma faísca de inspiração

Uma faísca de inspiração

Já dizia um velho ditado que na busca do sucesso, devemos dispor de 99% de transpiração e 1% de inspiração. Ou seja, mais vale apostar no trabalho duro e na dedicação do que no simples talento. Especificando mais ainda, o talentoso sem suor não chega muito longe, mas quando se dispõe a trabalhar duro, pode alcançar grandes objetivos.
Na noite desta terça-feira, o Verdão arrancou uma vitória do Juventude. E sim, não é exagero algum usar a expressão “arrancar” para definir a forma como a Chape conseguiu a conquista dos três pontos frente ao alviverde gaúcho. O que vimos na Arena Condá foi um primeiro tempo muito feio, abaixo das expectativas.
De cara, Umberto Louzer já surpreendeu quando anunciou a escalação com 3 volantes e com Perotti ocupando uma posição no ataque titular. Confesso que imaginava uma disposição tática com o meio de campo formando um losango, onde Willian Oliveira faria a base, Anderson Leite estivesse mais posicionado à esquerda com Ronei aberto pelo flanco direito, e Vini Locatelli centralizado, pensando o jogo sem a necessidade de uma aplicação tão árdua à marcação. Não foi o que aconteceu. O comandante do Verdão posicionou Vinicius na ponta esquerda, posição ocupada normalmente por Paulinho Moccelin, suspenso para a partida frente ao Juventude.
O problema é que Vini não atua bem aberto pela ponta, e sejamos sinceros, atualmente não apresenta forma física compatível com uma posição que exige velocidade e movimentação contínua. O camisa 10 do Verdão não fez um bom primeiro tempo, mas muito mais pelo fato de estar mal posicionado em campo do que pela sua atuação em si.
Não funcionou. Aliás, como um todo a Chape não teve uma grande primeira etapa. A melhor chance surgiu em uma finalização de Ronei, que tentou encobrir o arqueiro do Juventude, seguido de um arremate de longa distância de Anderson Leite rente ao travessão do time gaúcho. Fora isso, vimos muita troca de passe e pouca objetividade das duas equipes.
Louzer mudou o time logo no começo da segunda etapa. As entradas de Régis e Foguinho deram outra dinâmica ao ataque verde e branco catarinense. Não podemos dizer que o segundo tempo foi uma maravilha, mas a equipe ficou mais solta no setor ofensivo e conseguiu triangulações mais perigosas. O Verdão teve duas boas oportunidades em bola parada na frente da grande área, mas não conseguiu aproveitar. De fato, se há um ponto negativo a se destacar no jogo frente ao Juventude foi o aproveitamento pífio do Verdão, seja em escanteios ou em faltas próximas à grande área adversária.
Esse tipo de jogada tem de ser aprimorada, visto que raras foram as oportunidades em que houve perigo em bolas aéreas. Faltou qualidade, capricho. Entretanto, sobrou qualidade na finalização de Foguinho que levou a Chape à vitória. O menino recebeu na entrada da grande área, após boa trama ofensiva, e com um corte seco tirou dois zagueiros da jogada, finalizando com inteligência no canto direito do goleiro Marcelo Carné.
Uma fagulha de inspiração que rendeu o resultado necessário ao Verdão para conquistar os 3 pontos. Com relação aos pontos positivos, tivemos mais uma atuação tranquila de João Ricardo, com Luiz Otávio mostrando uma segurança exemplar na zaga e Willian Oliveira sendo fundamental como o primeiro homem à frente dos zagueiros, tanto na destruição quanto na construção de jogadas. A Chape vai formando sua espinha dorsal.
É bem verdade que a partir do gol de Foguinho a Chapecoense foi só transpiração. Correu, marcou, sofreu nos minutos finais (novamente) e chega agora a terceira colocação da série B. Sem um futebol vistoso, convincente, mas efetivo. Com o tempo, aprendemos que a segunda divisão nacional se trata disso; fazer o dever de casa e buscar pontos fora. E nessa matéria a Chape vai conquistando uma boa nota.
Aos saudosistas de outras épocas, vamos nos lembrar que chegamos à série A com Gilmar Dal Pozzo no comando técnico do Verdão, com seu famoso slogan “jogar por uma bola”. É cedo ainda para se pensar em acesso, mas o time demonstra maturidade para dar esperanças ao torcedor de não ser apenas coadjuvante na competição. Transpirando, e contando com inspirações pontuais, podemos conquistar grandes objetivos em 2020.
#VamosChape
Por Derlei Florianovitz 

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