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Início Geral Chapecoense à espera de tratamento usado por Paulo Gustavo morre por Covid-19

Chapecoense à espera de tratamento usado por Paulo Gustavo morre por Covid-19

Um morador de Chapecó, no Oeste catarinense, morreu após complicações do coronavírus em Rio do do Sul, no Vale do Itajaí, no início de março. Segundo a família, Marcos Brumm, 38 anos, estava há 12 dias esperando o cumprimento de uma liminar judicial que obrigava o governo de Santa Catarina a dar início a terapia chamada ECMO – Oxigenação por Membrana Extracorpórea. O tratamento é utilizado pelo ator Paulo Gustavo.

O advogado da família, Marcos Alberti, disse ao G1 SC que no dia 20 de fevereiro a Justiça de Santa Catarina acatou o pedido do Ministério Público e deu até 48 horas para que o serviço de ECMO fosse iniciado pelo Estado, por meio da compra do equipamento ou por transferência do paciente até uma unidade que possuísse a terapia. Marcos faleceu no dia 3 de março sem o atendimento:

– Os médicos têm muitos laudos mostrando a necessidade e importância do equipamento. Era essencial para salvar a vida do Marcos. Não se tinha garantia [de que iria funcionar no caso dele], mas seria sua última saída. O equipamento, apesar de caro, poderia ter salvado a vida dele.

Segundo Alberti, o serviço ECMO estava disponível em hospitais públicos de Blumenau, no Vale, e Jaraguá do Sul, no Norte, e em uma unidade particular de Joinville, na mesma região. Ainda, segundo ele, a família foi informada que o Estado estava cotando o serviço em hospitais públicos e privados de Santa Catarina para realizar a transferência do paciente. 

O advogado também informou que a família pretende entrar como uma ação de indenização contra o Estado, mas ainda está lidando com o luto da perda. Marcos deixou a esposa e um filho. 

Procurada pelo G1 SC, a Secretaria de Estado da Saúde não respondeu aos questionamentos até às 18h desta terça-feira (6).  

Busca por tratamento na Justiça 

Marcos teve diagnóstico de coronavírus no dia 6 de fevereiro e deu entrada no Hospital Regional do Oeste com 50% do pulmão comprometido pelo vírus, no mesmo dia do diagnóstico. Em razão da falta de leitos na unidade na época, ele foi transferido para Xaxim no dia seguinte, onde ficou internado por 11 dias na enfermaria do Hospital Frei Bruno. 

Com a piora no quadro, segundo relato da família ao NSC Notícias, foi novamente transferido, dessa vez para Rio do Sul, no Vale catarinense, em 17 de fevereiro. Lá, foi intubado e teve o tratamento ECMO indicado pela equipe médica, porém, segundo o advogado responsável pelo caso, esse tratamento não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde de Santa Catarina.

– A diretoria do Hospital Regional do Alto Vale buscou junto à regulação de leitos do estado de Santa Catarina a remoção do Marcos para outra unidade hospitalar que possui o equipamento ECMO. Contudo, o Estado indeferiu o pedido, negando por um série de burocracia – completou o advogado.


Fonte: NSC

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