A Rede CIEVS – Vigilância, Alerta e Resposta em Emergências em Saúde Pública do estado de Santa Catarina emitiu, nesta quinta-feira (15), uma notificação ao município de Chapecó sobre a transmissão comunitária de três variantes do coronavírus.
Na última semana, o CIEVS estadual comunicou a Vigilância Epidemiológica sobre o resultado de exames de sequenciamento genético de 12 pacientes de Chapecó com a presença de três variantes diferentes: P1, P2 e N9. Três casos são importados e nove são autóctones. Quando se trata de casos autóctones, temos um indicativo de circulação comunitária.
Foi realizada investigação epidemiológica para identificar possíveis contatos e início da cadeia de transmissão. É orientada a divulgação de alerta às equipes e população sobre a situação, pois o risco de aumento da transmissibilidade com a presença das variantes é grande, mesmo para aqueles que já tiveram a doença.
A variante P1 foi identificada sendo originária de Manaus, a P2 do Rio de Janeiro e agora a N9, cuja linhagem foi caracterizada por conter uma mutação na proteína S do novo coronavírus, conhecida de E484K, que também é encontrada em outras variantes com grande disseminação no planeta. A alteração havia sido detectada em 35 amostras coletadas entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021 em dez estados do Sul, Sudeste, Nordeste e Norte do país.
O CIEVS informa que é necessário redobrar os cuidados de prevenção como uso de máscaras, higienização das mãos, distanciamento social, ventilação dos ambientes e testagem e isolamento dos casos identificados.
A Prefeitura de Chapecó realizou uma transmissão ao vivo às 18h desta quinta-feira em sua página oficial no Facebook para informar a população sobre a circulação das novas cepas e as orientações e medidas que devem ser tomadas.
Na transmissão ao vivo, foi afirmado que essas novas cepas podem ser mais rápidas e letais. A transmissão é comunitária, não mais importada de outros locais.
O prefeito João Rodrigues fala que “nós já sentimos essas variantes na sociedade, mas de forma menos intensa pois estamos tratando desde sempre”. Não é momento de pânico, mas sim, entender a importância de redobrar os cuidados, como utilização de máscaras.
De momento a prefeitura não tem autoridade de interferir no decreto estadual, referente a volta de eventos. O prefeito já solicitou ao governador que dê liberdade aos municípios decidirem sobre retomada de atividades.
O prefeito fala que Chapecó deveria estar na bandeira laranja, não estamos pois o HRO está com 92 de 103 UTIs ocupadas, e está em nível alto de ocupação. Devido receber pacientes de outras regiões, atualmente são 45 pacientes de Chapecó e o restante são pessoas vindo de outros municípios.