Santa Catarina enfrenta um aumento de 10,2% dos casos de dengue no primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. De acordo com Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), o Oeste do Estado concentra 87% dos contaminados com dengue, e quatro cidades da região registram mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes.
De acordo com a Dive, são 119 municípios catarinenses que estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor de três doenças: dengue, zika vírus e chikungunya. Entre 2 de janeiro a 12 de março de 2021, 108 municípios estavam nessa condição. Em 2022, o Estado já registrou mais de 500 casos de dengue.
A transmissão da dengue foi registrada em 26 municípios até então, sendo que quatro deles, no Oeste, estão em situação de epidemia — ou seja, registram casos em vários bairros —, com uma taxa de incidência de mais de 300 casos da doença por 100 mil habitantes.
— Para saber o risco de transmissão da dengue, olhamos para a quantidade de municípios infestados. Isso nos indica onde está o mosquito e, atualmente, ele está disseminado pelo estado. Ele não vem de fora. Então, os cuidados básicos de prevenção precisam ser constantes, ao longo de todo ano e reforçados especialmente neste momento de transmissão da doença — alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.
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Fique atento aos sintomas da doença
De acordo com a Dive, normalmente a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, e podem atingir o rosto, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
Segundo o diretor da Dive, o tratamento adequado antes que os sintomas se agravem pode evitar mortes pela doença.
Fonte: NSC