O resultado sai em minutos, mas não é tão confiável quanto outros diagnósticos. Veja como ele vai funcionar.
Na última terça-feira (28), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou que testes rápidos para a Covid-19 possam ser aplicados em farmácias e drogarias.
Esses testes são os chamados imunocromatográficos, que analisam o sangue para ver se há presença de anticorpos para o vírus Sars-Cov-2, o causador da nova doença. No início de abril, a mineradora Vale doou 5 milhões de testes do tipo ao Ministério da Saúde, que vem os distribuindo pelo país ao longo do mês.
De acordo com a Anvisa, o resultado dos testes rápidos aparece em 10 a 30 minutos. A amostra de sangue é coletada na ponta do dedo – similar aos testes para diabetes, por exemplo.
A partir de agora, farmacêuticos treinados poderão aplicar o teste. Mas vale ressaltar que os estabelecimentos não serão obrigados a oferecê-los.
Cuidados a serem tomados
A medida da Anvisa é temporária, e o objetivo é aumentar a rede de testagem, além de reduzir a demanda do sistema de saúde.
Mas os testes rápidos não irão para a contagem de casos de coronavírus do país. E pelo seguinte motivo: eles, sozinhos, não são suficientes para atestar se alguém está com a doença. Na verdade, eles funcionam mais como um auxílio para o diagnóstico. Como os testes avaliam a presença de anticorpos no sangue, o que dá para saber é que aquela pessoa esteve em contato com o vírus – mas não consegue definir se há infecção ativa no momento da testagem.
Além disso, existe a chance de o teste indicar um “falso negativo”– nos estágios iniciais da doença, nosso sistema imunológico ainda não produziu (ou produziu poucos) anticorpos contra o Sars-Cov-2, e eles podem não ser detectados.
Por isso, a indicação é que os testes rápidos sejam interpretados por um profissional de saúde, e o diagnóstico final seja feito com base nos sintomas do paciente, bem como outros exames. Os testes de farmácia serão apenas parte do processo.
Fonte: Super Interessante