Coluna | São as pessoas que importam
A política é a principal articulação para a organização social. Séria, requer o envolvimento em todas as ações que podem alterar o futuro da sociedade. Aquilo que fizemos até o momento gerou o que está aí, o “status quo”. Se queremos avançar, precisamos mudar. A nossa convivência diária é um ato político, de avaliação de consensos, observação de divergências, e que questionam as formas como devemos observar as diferenças.
Como estão construídas as relações atuais de quem ocupa o poder, e que, nesta época de campanha política são ainda mais fortalecidas, pois, perder o poder, implica na perda de inúmeras vantagens. Para construção de sociedades democráticas e justas as diferenças e divergências necessitam ser no mínimo consideradas, e a cidadania se fortalece no dia a dia.
A questão está no modo como se faz a política. Escolher entre avanços democráticos, ou, conviver com uma corrupção que assola o país há mais de 500 anos. Certamente, esses desvios de conduta ocasionam danos maiores quando são praticados por pessoas mais abonadas economicamente, e com melhor formação intelectual, do que, quando praticadas por pessoas pobres.
O consumismo é um fator responsável por acelerar o processo de corrupção, pois, todos querem acessar bens, mesmo que de forma ilegal com recursos públicos. Falta noção dos direitos, deveres, obrigações, para compreender as responsabilidades dessa convivência coletiva e passagem em sociedade.
A política poderia contribuir muito mais com a sociedade se houvesse maiores discussões desde a escola. No entanto, no país, hoje, as pessoas tem aversão pela forma como é realizada a política, adversários como inimigos, e um conceito de associação com a corrupção. O descrédito tem levado muitas pessoas a se afastarem, principalmente, devido a acordos ilegais, generosos com partidários, e nada úteis à sociedade. Enquanto não houver mudança de atitude, alimentaremos o “status quo”, por isso, mudanças se fazem necessário, e são elas que geram um futuro diferente e melhor.
O desenvolvimento de uma comunidade ocorre aos poucos, e quase nunca, um crescimento demasiadamente rápido, oferece boa qualidade de vida à população. Isso torna os governantes atores mobilizadores nas cidades, por isso, a necessidade de bem escolher, porque, são as pessoas que importam.
Odair Balen
Diretor de Relações Sociais e Ambientais da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC)