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Tecido desenvolvido em SC usa nanotecnologia na produção de peças para área da saúde

Fórmula possuí princípios da biodiversidade brasileira e matéria-prima inclui produtos sustentáveis feito com garrafas pet.

 

Em Florianópolis, uma empresa está em desenvolvimento um tecido com características que protege da contaminação por bactérias, fungos e vírus. Um dos focos é aplicar a produção de tecidos inteligentes, que usam a tecnologia durante a fabricação e dão uma utilidade a mais à peça, na área da saúde. Além disso, é um produto sustentável, feito com garrafas pet.

“O tecido zero foi idealizado e vem sendo desenvolvido há seis anos. Ele possui como pilar a integração das áreas da ciência, da pesquisa, tecnologia, inovação, do design e da sustentabilidade”, explica a sócia da Cross System Mariana Karasiak.

Mariana afirma que o tecido tem efeito asséptico a partir de um processo de nanotecnologia e na fórmula possuí princípios da biodiversidade brasileira. “Visa contribuir na redução da contaminação hospitalar, que é muitas vezes propagada por calçados contaminados, por jalecos e máscaras.

Por ter um efeito asséptico, antifúngico, antiviral e antimicrobiano, eles fornecem proteção de até um ano sem ter necessidade de realizar lavagem diárias para que essas peças mantenham higienizadas”.

Além da economia de água por causa da redução do número de lavagens, o processo de fabricação do tecido traz outro benefício para o meio-ambiente, pois utiliza a garrafa pet como matéria-prima. “É uma solução para o grande número de descarte de garrafas plásticas, pois elas podem ser recicladas e utilizadas como matéria-prima”, afirma Mariana.

Tecido zero desenvolvido em Florianópolis — Foto: Reprodução/ NSC TVTecido zero desenvolvido em Florianópolis — Foto: Reprodução/ NSC TV

Tecido zero desenvolvido em Florianópolis — Foto: Reprodução/ NSC TV

Sustentabilidade e proteção

Para o cirurgião-dentista e professor da Sociedade Educacional de Santa Catarina (Unisociesc) Bruno Mello, o tecido zero traz uma solução para a área dos equipamentos de proteção individual (EPIs), que propõe a redução de gastos com água e luz.

“Muitas vezes esses recursos são usados de uma maneira exorbitantes pelos hospitais para lavar esses EPIs. Esse tipo de tecido precisa também chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica.

Os últimos testes no tecido foram realizados em um laboratório que é referência na área em Santa Catarina. “Em relação entre resistência e eficácia, além de outros elementos que são importantes pra validação da nossa linha tecido zero, desde 2015 nós estamos realizando testes para a confirmação dessa proteção.

A partir de agora, nós vamos dar início ao processo de validação junto aos órgãos competentes para que a produção inicie no próximo mês”, disse Mariana.

Fonte: G1 Globo

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