Se o presidente Jair Bolsonaro vier mesmo inaugurar o Complexo da Mafisa neste mês de agosto, é importante que traga na bagagem mais dinheiro para a duplicação da BR-470. Do contrário, corre o risco de promover uma cerimônia em meio a uma obra quase paralisada.
O fotógrafo Patrick Rodrigues percorreu a rodovia nesta semana. Trabalhadores e máquinas praticamente sumiram do Lote 2, entre Gaspar e Ilhota, e do trecho até a BR-101 que pertence ao Lote 1. Quem circula pela rodovia também notou que diminuiu o ritmo dos trabalhos nos lotes 3 e 4, com exceção à Mafisa e aos dois viadutos para acessar Indaial.
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O orçamento minguado explica o ritmo mais lento. Segundo o engenheiro João Vieira, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), houvesse verba disponível, a duplicação estaria bem mais avançada. Sem dinheiro novo, os viadutos e pontes da região da Mafisa podem ser as únicas entregas deste semestre na duplicação.
O orçamento de 2020 previa apenas R$ 73 milhões para a duplicação da BR-470. Como tudo foi consumido ainda no primeiro semestre, o Ministério dos Transportes liberou mais R$ 14 milhões.
— Brasília tem enviado dinheiro para quem performa bem, e nós aqui em Santa Catarina temos a melhor performance do Brasil. Então acreditamos que teremos mais algum reforço ainda este ano — espera Vieira.
A depender da quantia a ser liberada, o engenheiro acredita ser possível concluir em 2020 os dois viadutos de Indaial e ainda avançar no viaduto do Badenfurt, no trevo de acesso a Pomerode.
Quem sabe a visita de Bolsonaro, prevista para ocorrer entre os dias 14 e 17 de agosto, sirva de pretexto para acelerar a chegada do dinheiro.
Fonte: NSC