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SC tem todas as regiões de saúde em situação gravíssima ou grave por causa da Covid-19

Mesmo com o aumento de mortes em Santa Catarina por causa do coronavírus, o número de regiões de saúde em situação gravíssima diminuiu de 12 para oito. No entanto, a região do Vale do Rio do Peixei piorou de grave para gravíssimo e o Extremo Oeste, que estava em situação de alto risco, piorou para grave. Com isso, além das oito regiões em nível gravíssimo, o estado tem oito regiões em situação grave por causa da Covid-19.

A região do Alto Vale do Rio do Peixe foi para gravíssimo e cinco regiões reduziram desse nível e foram para grave: a Grande Florianópolis, o Planalto Norte, o Alto Vale do Uruguai e as regiões de Xanxerê e do Oeste.

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Em 24 horas o estado registrou 70 mortes, o pior número em um dia desde o início da pandemia, e a na quarta-feira (5) o número de mortes passou de 1,3 mil e de casos confirmados chega a 95,4 mil.

A taxa de ocupação de leitos de UTI na rede pública é de 83,8%. A atualização do mapa de risco do governo do estado também ocorreu na quarta.

Indicadores

São vários indicadores analisados semanalmente para classificar o risco de contagio da doença nas regiões de saúde como velocidade de transmissão, taxa de isolamento social e a situação em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).

O que motivou essa mudança de regiões de nível gravíssimo para grave foi a diminuição na taxa de ocupação de leitos. Porém, a epidemiologista Maria Cristina Willemann, que integra o Centro de Operações de Emergência em Saúde do governo do estado (Coes), a diminuição na taxa de ocupação em UTI não representa, necessariamente, que a doença deixou de avançar nessas regiões.

“Essa reclassificação foi principalmente motivada pela diminuição da taxa de ocupação em leitos de UTI. No entanto, precisamos olhar para este grupo com muita cautela dado que na última semana também tivemos muitos óbitos e, infelizmente, os óbitos também desocupam leitos de UTI”, alerta a médica.

Ainda segundo ela, as regiões deixaram de ser gravíssimas por muito pouco e precisam continuar com todos os cuidados, como isolamento social e uso de máscara. A Grande Florianópolis, por exemplo, está com número e em situação grave , enquanto que a Foz do Rio Itajaí, em situação gravíssima há sete semanas, está com valor de 3,25.

“Classificamos com nível gravíssimo aquelas que têm na média das dimensões consideradas um valor maior que 3. E essas regiões que estão em laranja, consideradas como grave, a maioria delas tem valor 3, é muito mais próximo de estarem reclassificada para gravíssimo do que para grave”, detalhou.

Segundo o mapa de risco do Governo do estado, as prioridades nas cidades em situação gravíssima devem ser isolamento social, investigação, testagem, isolamento de casos e ampliação de leitos de UTI.

Restrições

Por decreto estadual, as 12 regiões que estavam com situação gravíssima até terça-feira (4) continuam com restrições pelo menos até o próximo fim de semana. Nas 209 cidades dessas áreas, o transporte coletivo está suspenso e é proibido permanecer em locais públicos.

Aglomerações e eventos também seguem suspensos, mas há quem tem desrespeitado as regras, principalmente nos fins de semana.

  • Situação no Vale do Rio do Peixe

Na região catarinense que pirou de grave para gravíssimo – Alto Vale do Rio do Peixe, os prefeitos das cidades devem se reunir ainda nesta quinta-feira (6) para decidir por medidas mais restritivas.

É a primeira vez que a Região do Alto Vale do Rio do peixe entra nesse grau de risco. Entre as maiores cidades estão Videira, Caçador, Fraiburgo e Curitibanos. Os prefeitos de 15 municípios do Vale do Rio do Peixe vão se reunir virtualmente para decidir as próximas ações a serem tomadas de forma regionalizada.

A previsão é que na segunda feira o transporte coletivo seja suspenso nessas cidades, conforme o decreto estadual prevê pra quem entrou em nível gravíssimo.

Já nos outros cinco municípios que fazem parte da região do Contestado e também integram essa lista de nível gravíssimo – Curitibanos, São Cristovão, Frei Rogério, Santa Cecilia e Ponte Alta do Norte – as ações estão sendo tomadas de forma individual.

Em Curitibanos um decreto foi assinado reduzindo os horários de funcionamento dos estabelecimentos, comércio, restaurantes e bares até 20h por sete dias. Em Frei Rogério os pontos turísticos da cidade, como o Sino da Paz, vão permanecer fechados por tempo indeterminado.

Uma das preocupações desses municípios é com os leitos de UTI que vem operando no limite nas cidades de Caçador e Curitibanos. Em Videira uma nova ala UTI Covid foi implantada no hospital Salvatoriano Divino Salvador, com isso passou de dois para 11 o número leitos, mas seis já estão ocupados por pacientes que estavam aguardando.

Fonte: G1

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