Estão abertas as inscrições para que profissionais da saúde da Grande Florianópolis possam participar como voluntários da pesquisa para uso da vacina tríplice viral para prevenção e redução dos sintomas da Covid-19. O estudo, realizado no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) , é coordenado pelo professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Edison Fedrizzi. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (48) 99128-2284.
A vacina MMR, conhecida como tríplice viral, previne contra sarampo, caxumba e rubéola. A imunização já faz parte do calendário vacinal no país e não tem contraindicação. Estudos preliminares apontam que a vacina ativa o sistema imunológico, podendo proteger até contra o novo coronavírus e reduzir o impacto do vírus no organismo. É isso que o professor Fedrizzi quer confirmar com a pesquisa em profissionais da saúde, que são mais expostos ao contágio.
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Para participar, os interessados devem ter entre 18 e 60 anos e trabalhar na área de saúde, além de morar na Grande Florianópolis. Cada voluntário será testado inicialmente para Covid-19 e depois receberá a dose da vacina ou do placebo. Periodicamente, o participante vai ser testado para acompanhar se houve infecção e o grau dos sintomas. A previsão é ter resultados preliminares da eficácia da vacina dentro de alguns meses.
O professor Fedrizzi reforça a importância da participação neste momento de avanço dos casos em Santa Catarina: “Sabemos que os profissionais da saúde são as pessoas com maior risco de adquirir essa infecção. Gostaria de convidar todos os profissionais da saúde da Grande Florianópolis para participar do nosso estudo. Basta enviar uma mensagem para o nosso telefone”.
A pesquisa envolvendo a vacina MMR é um dos cinco projetos aprovados no edital 06/2020 da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), que destinou R$ 1 milhão em recursos em dois editais, um para estudos e outro para desenvolvimento de produtos com ação de curto prazo no combate à pandemia e seus efeitos.
O presidente da fundação, Fábio Zabot Holthausen, destaca que essa pesquisa é um importante instrumento para enfrentar a Covid-19, além de gerar novos dados e informações científicas. “Os impactos serão positivos, com a possibilidade de imunização, mas também para o desenvolvimento das competências desta equipe que estará mais preparada para desafios posteriores. Essa é uma das missões da Fapesc: ajudar a encontrar soluções e a gerar conhecimento”, confirma.
Fonte: UFSC