Com a mudança repentina da dinâmica na vida das pessoas devido à chegada da pandemia de covid-19 e a necessidade de todos repensarem a forma de continuar desenvolvendo suas atividades em meio ao isolamento social, a arte de rua ganha destaque em um museu online que já existe há dez anos e agora está incluindo em sua plataforma 500 novos artistas.
São cerca de 2 mil obras catalogadas, informações em texto, vídeo, serviço de geolocalização e sugestão de roteiros, que podem ser vistos de forma totalmente digital, aberta e gratuita. Segundo os idealizadores do projeto, o site Arte Fora do Museu, funciona como uma plataforma colaborativa para divulgar os artistas e seu trabalho, a fim de que ele seja percebido, reconhecido e valorizado nos grandes centros urbanos.
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A maior parte das obras catalogadas está em locais públicos e de livre visitação na cidade de São Paulo, e pelo site é possível visitar esses locais como se faria em um museu físico. Entre os artistas disponíveis estão Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Lasar Segall, assim como grandes nomes da street art como Os Gêmeos, Kobra e Invader, passando ainda por arquitetos da importância de Oscar Niemeyer, Paulo Mendes da Rocha e Artacho Jurado.
A visitação pode ser feita escolhendo os artistas, o tema ou criando o próprio roteiro, escolhendo quais obras farão parte da visitação do usuário.
“Por meio do site, procuramos levar o mundo físico para o digital e ser um suporte para o mundo fisico por meio do digital, servindo como um guia da cidade e das obras de arte do mundo inteiro. O site já nasceu como catálogo de obras de arte e vai tomando esse caráter mais político, sem que pudéssemos prever isso. Com a pandemia, percebemos o quanto é importante ter uma ferramenta que propicie essa funcionalidade de poder visitar o museu sem sair de casa”, disse um dos responsáveis pelo Arte Fora do Museu, Felipe Lavignatti.
Para Lavignatti, o acervo tem grande importância para chamar a atenção e valorizar a arte urbana no espaço público, já que muitas vezes essas peças são abandonadas, são alvos de vandalismo ou nem mesmo são percebidas, seja lá qual o tipo de arte.
“Durante a pandemia, imagino que seja mais um escape para as pessoas, porque acredito que há uma necessidade de consumo de cultura muito grande. O Arte Fora do Museu é um prato cheio porque tem muito conteúdo e muita cultura para ser absorvida e admirada. E serve como um aperitivo para a pessoa ver o que poderá observar in loco quando tudo isso acabar”, ressaltou.
Fonte: Agência Brasil