Não é porque construiu uma situação sólida financeiramente nos últimos anos que o Grêmio não esteja atravessando inúmeras dificuldades econômicas neste período de pandemia de coronavírus.
A partir do mês de julho, entrará em vigor a segunda etapa do plano de contingenciamento do clube. E uma das medidas que se esperava era o corte nos salários dos jogadores. Mas isso não vai ocorrer, ao menos nos próximos três meses.
A direção chegou a um novo acordo com os atletas, que não aceitaram a redução, mas terão parte dos vencimentos pagos posteriormente, em 2021 e podendo se estender até 2022.
Haverá um diferimento/parcelamento de cerca de 20% dos salários dos jogadores nos meses de julho, agosto e setembro. Atualmente, a folha salarial do clube está na casa dos R$ 12 milhões.
Os valores a serem pagos posteriormente significarão uma economia importante. No início da pandemia, Grêmio e jogadores já haviam acordado a transferência do pagamento dos direitos de imagem neste período sem jogos para 2021.
“Realmente essa modelagem está sendo negociada e praticamente finalizada”, confirma o vice de futebol do Grêmio, Paulo Luz.
Jogadores que têm contrato encerrando no final deste ano ou em 2021 poderão ficar sem vínculo com o clube e seguir recebendo do Grêmio. As contas e quedas de receitas em 2020 ainda vão fazer estragos nas próximas temporadas.
O presidente Romildo Bolzan Júnior não esconde que a situação é difícil. Por isso tem trabalhado nos bastidores para que as questões que envolvem o retorno do futebol avancem. Uma delas é o treinamento coletivo.
Bolzan tem batido na tecla de que os protocolos sanitários de equipes como Grêmio e Inter possibilitam esse tipo de trabalho.
A primeira etapa do plano de contingência se encerra no dia 30 deste mês. O mandatário gremista esperava que o futebol voltasse em seguida, mas o cenário crescente da pandemia no Estado e no país fizeram com que as autoridades recuassem e o Conselho de Administração teve de refazer as projeções que já eram bastante drásticas.
Fonte: Correio do Povo