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Como passar menos tempo diante da tela do celular

A crise do novo coronavírus trouxe ainda mais pessoas coladas nas telas de seus smartphones por mais horas, todos os dias – por opção, ou a contragosto.

De fato, o isolamento social pode levar a um aumento de quase 60% na quantidade de conteúdo que as pessoas consomem em todos os dispositivos, de acordo com um relatório divulgado em março, pela Nielsen [empresa norte-americana de pesquisa e informação de mercado].

Mesmo antes dos bloqueios pelo novo coronavírus, e do aumento do tempo em casa, muitas pessoas já relatavam se sentirem viciadas nos celulares.

Mais de um quarto dos pais e 36% dos adolescentes norte-americanos acordam para verificar seus telefones pelo menos uma vez por noite. Mais da metade de jovens e famílias disseram que se sentem distraídos com o dispositivo móvel pelo menos uma vez por dia, de acordo com um relatório de 2019 da Common Sense Media [organização norte-americana que pesquisa a relação de famílias com a tecnologia].

Os adolescentes norte-americanos passaram, em média, sete horas e 22 minutos em seus celulares todos os dias em 2019 – sem incluir as telas usadas para o trabalho escolar. E isso foi antes da pandemia levar a vida social das pessoas para as videoconferências.

Projetado para te prender

Há uma razão para que seja difícil desligar o telefone: as notificações brilhantes foram projetadas justamente para chamar a atenção. A ciência revelou que o cérebro humano é acionado por coisas que são brilhantes. É por isso que uma das dicas mais fáceis para combater a sobrecarga do telefone celular é tirar a cor do telefone colocando-o no modo de escala de cinza.

“Pesquisas mostram que nós, como seres humanos, somos muito visualmente estimulados. Gostamos de nos envolver com coisas visuais, incluindo telas de smartphones”, disse Daria Kuss, professora associada de psicologia na Universidade de Nottingham Trent, no Reino Unido. Kuss é especialista em uso de smartphones e dependência de internet.

“Quando você tem uma tela em preto e branco, a probabilidade de você passar muito tempo nela é certamente reduzida.”

O modo de escala de cinza é uma configuração de acessibilidade na maioria dos smartphones, criada para ajudar os desenvolvedores de software a projetar produtos para usuários com deficiência visual. Mas para outros usuários, também tem o efeito de tornar a visualização menos divertida e envolvente.

Estudantes universitários que colocam seus telefones em escala de cinza passam significativamente menos tempo navegando na Internet e em aplicativos de mídia social, e seu tempo médio diário de celular foi reduzido em quase 40 minutos, de acordo com um estudo recente da Universidade da Dakota do Norte.

A escala de cinza ajuda a subverter o objetivo dos designers de tecnologia de fazer com que você gaste mais tempo no seu dispositivo, disse Alex J. Holte, principal autor e estudante de doutorado no departamento de psicologia da Universidade de Dakota.

“As pessoas que criam esses aplicativos querem que os usemos com frequência”, disse Holte, à CNN. “Cada ícone do aplicativo é muito brilhante e possui cores muito atraentes para o centro de atençnao de nossos cérebros”.

É uma explicação por que o Instagram e o Google redesenharam seus logotipos nos últimos anos para ter cores mais fortes e ousadas – tons vívidos levam a mais toques e cliques.

Escala de cinza é chata

A escala de cinza é simplesmente menos gratificante. “O uso do telefone se torna habitual. Associamos o uso do aparelho como recompensador, portanto, se você o torna menos atrativo, isso meio que quebra essa cadeia circular de eventos”, explicou Holte.

Em um estudo, Holte descobriu que os alunos que usavam a escala de cinza também se sentiam menos tentados a verificar constantemente as notificações do telefone. Mas ele também observou que o uso do telefone difere muito de usuário para usuário.

Por exemplo, embora as notificações vermelhas sejam projetadas como pequenos sinais de parada que exijam a nossa atenção, sempre há alguém que não se importa de ter 10.000 e-mails não lidos.

Independentemente do comportamento de uso do telefone, se você estiver pessoalmente motivado para usá-lo menos, Holte afirma que usar o modo em escala de cinza é uma boa maneira de recuperar o controle do dispositivo durante a pandemia.

Retome o controle

O Center for Human Technology, um grupo sem fins lucrativos dirigido por um ex-especialista em design do Google, que visa aumentar a conscientização sobre os modelos de negócios que chamam a atenção das empresas, argumentou que o acesso constante à tecnologia está criando períodos de atenção mais curtos, dependência de smartphones e transformando a vida em um competição por curtidas.

O grupo disse que a escala de cinza é apenas uma maneira de “retomar o controle”. Ele também sugere remover aplicativos não essenciais da tela inicial e desativar todas as notificações – exceto aquelas que vêm diretamente de pessoas, como textos e chamadas telefônicas.

A professora de psicologia Kuss concordou que desativar as notificações é uma das dicas mais úteis para um uso mais consciente dos smartphones. Isso ocorre porque a verificação das notificações pode se tornar uma força do hábito e até evocar emoções perturbadoras. Os e-mails de trabalho podem induzir ao estresse e as curtidas das mídias sociais podem causar entusiasmo – mas ambas as emoções o deixam menos focado desde o momento em que olhou para o telefone.

“A pesquisa mostra que simplesmente colocar o smartphone na mesa sem usá-lo realmente distrai as pessoas de suas tarefa e as torna menos produtivas”, disse Kuss.

Ela também recomenda deixar às vezes o telefone em outro cômodo, tirando, por exemplo, o aparelho do quarto e assim incorporar práticas “sem smartphone” no dia a dia. Passar poucos momentos sem o celular pode torná-lo mais consciente de quanto tempo você gasta colado a ele.

“É quase uma chupeta para adultos”, disse Kuss. “As pessoas não têm uma noção real de quanto tempo está passando quando estão olhando para a tela”.

 

Fonte: CNN Brasil

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