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Cuidado redobrado e incertezas cercam os partos em meio à pandemia

O nascimento de um filho já é por si só uma mudança definitiva na vida dos pais. Com a chegada do coronavírus, as preocupações e cuidados neste momento se tornaram ainda maiores. Apesar de o Ministério da Saúde ter incluído gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) no grupo de risco, segundo especialistas, aparentemente não parece haver algum incremento na gravidade da doença para este público.

“As gestantes são consideradas grupo de risco por já apresentarem uma predisposição para doenças infectocontagiosas. Porém, ainda não foi constatado nenhum comportamento diferente da doença em gestantes ou não gestantes”, explica a obstetra Gioconda Lucatel.

“Por isso, não há um protocolo especializado para esta situação, os cuidados são os habituais para o momento: higiene das mãos, uso de máscara, evitar aglomerações e contato com pessoas doentes ou do grupo de risco e, se puder, ficar em casa e só sair para fazer exames relativamente importantes. Além de manter alimentação, sono e vitamina D adequados, evitar estresse, ou seja, manter a imunidade protegida”, indica a médica.

No final da gestação os cuidados para qualquer tipo de infecção devem ser redobrados, já que as grávidas apresentam restrição pulmonar neste período. “No trimestre final, principalmente nas últimas semanas, por uma questão hormonal, a gestante manifesta edema da nasofaringe, ou seja, a respiração pelo nariz e a expansão respiratória ficam comprometidas pelo inchaço e sobrepeso. Por isso, a atenção para evitar qualquer tipo de gripe ou outra infecção deve ser maior nestes casos”, esclarece Gioconda.

Até o momento não há casos de contaminação vertical na gravidez – ou seja, da transmissão da mãe para o feto. Segundo a obstetra, em algumas grávidas diagnosticadas com a Covid-19, se for viável, uma das medidas que podem ser adotadas é a antecipação do parto. “Um dos principais sintomas é respiratório e as grávidas têm o diafragma logo abaixo do útero, que já está inchado nessa altura.

Então seria um critério para evitar uma piora respiratória que poderia causar a necessidade de ventilação ou respiração mecânica, o que tornaria o parto de mais risco ainda”, afirma. “Ainda não há um protocolo de atendimento 100% aceitável, cada instituição tem o seu, e muitos medicamentos o próprio paciente tem que autorizar o uso”, alerta a profissional.

Partos mudam com a nova realidade

Nas maternidades, algumas mudanças podem ser percebidas em razão da pandemia. Além de todos os protocolos de higiene exigidos, as visitas estão proibidas no período da internação das mães e dos bebês. Também só está sendo permitida a entrada de um acompanhante, que deve permanecer dentro do hospital durante o período da baixa.

O famoso “aquário”, em que a criança recém-nascida era levada até o vidro para que os familiares pudessem conhecê-la, também foi suspenso, bem como as filmagens das equipes nos partos, como forma de conter aglomerações.

“O ambiente do parto já é totalmente esterilizado em qualquer circunstância, mas agora passamos a utilizar máscaras N95, que são um pouco mais seguras do que a cirúrgicas convencionais. Durante os partos em que a paciente é suspeita, além disso, geralmente a equipe também usa um avental mais fechado e logo após a cirurgia,  a sala fica fechada para desinfecção”, relata Gioconda.

Cuidados com o bebê após o nascimento

Assim como acontece com as grávidas, pouco se sabe sobre a ação do coronavírus em recém-nascidos. Entretanto, alguns hospitais estão antecipando alguns procedimentos como o teste do pezinho, a triagem auditiva neonatal (teste da orelhinha) e a vacina BCG, por exemplo, para os dias que a mãe e o bebê estão internados no hospital, para evitar que precisem ir a laboratórios realizar os exames.

A grande medida de precaução é evitar as visitas durante o período de quarentena – a orientação é isolar o bebê e os familiares que terão convivência diária com ele. “Os bebês têm o sistema imunológico ainda imaturo, então correm maior risco de pegar qualquer tipo de infecção.

Durante os meses de frio, que temos maior ocorrência de doenças respiratórias, já é um padrão pedir para que a criança fique mais reclusa”, explica a pediatra Ludmila Schatschneider.

Segundo a profissional, não é preciso nenhum cuidado específico, caso a mãe seja assintomática. Também não há restrições quanto à amamentação, mesmo se a mãe for diagnosticada com o vírus.

“Cada hospital segue o seu protocolo, mas basicamente os cuidados são o uso constante de máscara pela mãe, tirando somente para se alimentar e nestes momentos, mantendo dois metros de distância entre ela e o bebê. Além do básico, como higiene das mãos e uso de álcool gel”, alerta Ludmila.

Fonte: Correio do Povo

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