Da Secom Governo SC
A Matriz de Risco Potencial Regionalizado divulgada no último sábado (15) aponta 15 regiões classificadas como risco potencial alto (cor amarelo) e duas no nível moderado (cor azul). Em um comparativo com o relatório divulgado na semana anterior, as regiões do Vale do Itapocu e Alto Uruguai Catarinense se mantiveram no nível moderado e as regiões Grande Florianópolis e Carbonífera se mantiveram no alto. No entanto, houve piora nos indicadores das demais.
As regiões do Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Extremo Oeste, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Nordeste, Oeste, Planalto Norte, Serra Catarinense e Xanxerê, que estavam classificadas como nível moderado no boletim anterior, passaram para o nível alto nessa semana.
A mudança no mapa de risco foi causada principalmente pelo aumento no número de casos confirmados de Covid notificados nestas duas últimas semanas, que tiveram reflexo principalmente na dimensão transmissibilidade, que monitora o número de casos ativos que foram notificados no período e a velocidade de transmissão. Houve um aumento de 208% nos casos ativos registrados na sexta, 14/01 (45.915) quando comparado com o da sexta passada, dia 7/01 (14.884). Chama atenção que o número de casos ativos atualmente é o maior registrado em toda a série histórica, que foi de 39.017 casos em 22 de março de 2021.
A capacidade de atenção, que monitora a ocupação de leitos de UTI adulto com pacientes em tratamento para Covid-19, registrou piora na classificação da região Oeste, que na semana anterior estava como nível moderado e hoje está no nível grave, com taxa de ocupação de 44%. As regiões Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna e Nordeste foram classificadas como nível alto, com taxas de ocupação entre 20 a 40% e as demais permaneceram como nível moderado, com ocupação abaixo de 20%.
Fora a relativa piora da capacidade de atenção na região Oeste, que já compromete 14 dos 32 leitos de UTI adulto disponíveis na região, as demais regiões apresentam leitos de UTI disponíveis tanto para atendimento de pacientes com Covid-19, como para tratamento de demais patologias, sem comprometer a realização de cirurgias eletivas, por exemplo. Portanto, mesmo com a disseminação da variante Ômicron, não existe comprometimento da capacidade de atenção de alta complexidade até o momento.
Por fim, observa-se que o atual momento de piora nos indicadores da Matriz se reflete no aumento da procura por atendimento em centros de saúde e unidades de atenção primária, além da superlotação de centros de triagem em diversos municípios. Considera-se como elemento chave a elevada capacidade de transmissão da variante Ômicron do vírus SARS-CoV-2, cuja transmissão comunitária foi detectada no final de 2021.
Além da presença da variante Ômicron, o cenário epidemiológico apontado nessa semana pode ser considerado como resultado das aglomerações ocorridas durante o período de natal e réveillon. A Secretaria de Estado da Saúde emitiu uma série de alertas às prefeituras sobre a importância da manutenção das medidas de prevenção, como uso de máscaras, distanciamento físico, evitar aglomerações e buscar ambientes ventilados.