Para o secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, a terceira onda da Covid-19 já começou no Estado. Os primeiros reflexos, segundo ele, é o ligeiro aumento do número de casos ativos da doença nas últimas semanas. Apesar disso, a baixa velocidade no avanço do vírus em relação à segunda onda, que ocorreu em março, é um fator positivo.
“Nós já iniciamos a terceira onda. Felizmente numa velocidade menor do que eu esperava. Se nós compararmos nos últimos 30 nós tivemos um aumento de quase 20% de casos ativos no Estado de Santa Catarina. Nós estamos acompanhando o cenário diariamente, nossa taxa de ocupação de UTI aumentou. Em maio, a Grande Florianópolis tinha taxa de ocupação abaixo de 80% e hoje já está em 92%”, disse o secretário.
O trabalho dos técnicos da saúde tem sido voltado a amenizar a chegada da terceira onda. Isso porque há o entendimento de que o Estado pode ter chegado no limite de recursos humanos e materiais e de disponibilidade de atendimento hospitalar para um grande número de pacientes.
Ainda no início de maio, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou uma busca por hospitais que pudessem receber novos leitos de UTI a fim de preparar o Estado para a terceira onda. Mas, de lá para cá, não houve avanço: o Estado tinha 1.531 leitos adultos SUS há 30 dias; agora são 1.522.
“A gente tem feito esse mapeamento com os hospitais, alguns já estão se estruturando para fazer mais oferta. Nós já estamos fazendo aquisições para ofertar mais. Eu tenho viajado pelo Estado, entrando em contato com os municípios, prefeitos, comunidades hospitalares, buscando aquelas que podem ofertar mais”, afirmou o secretário. “Vamos reduzir os impactos para que não seja igual a segunda onda, que foi extremamente complicada”, acrescentou.
Segundo a SES, o Estado tem 21.953 casos ativos, número que é considerado alto pelos especialistas, mas é metade do que foi registrado no pico de março. Um dos problemas apontados pela equipe técnica é de que a presença do vírus neste momento está estável e com crescimento. Há registros ativos da doença em 286 dos 295 municípios, além de lotação de 95,8% dos leitos públicos de UTI e fila de 46 pacientes por novas vagas.
Para além da oferta, a Secretaria tem buscado alternativas para melhorar o atendimento.
“A gente tem várias ações para fazer um diagnóstico mais rápido, um tratamento mais imediato, com rastreamento e acompanhamento, aumentar o número de testes”, disse André Motta.
Fonte: RCN