Fracassar: Não dar o resultado desejado, não ser como se esperava.
Porque tememos tanto pelo fracasso? Por que temos tanta dificuldade em aceitar que erramos, falhamos e fracassamos? Quem é você depois da falta de êxito autoral?
Eu não tenho a intenção de falar sobre “ressignificar o fracasso e transformá-lo em algo bom”, pois o fracasso é algo factual, presente e tem seu significado único, citado na primeira linha deste texto.
A intenção é trazer a reflexão sobre seu “eu após a falha”, independentemente do tempo que você está no mercado de trabalho.
Durante uma de minhas primeiras experiências profissionais fui brutalmente tirado da minha zona de conforto através de atividades desafiadoras diárias que me levava ao limite, e consequentemente, esse distanciamento brusco da minha zona de conforto me levou diversas vezes ao fracasso e quebras de expectativas.
É claro que a experiência não deixou de ser um grande aprendizado que moldou parte de mim. O problema foi que os fracassos cometidos por mim, feedbacks mal expressados e as expectativas não atingidas, também me moldaram de forma que me tornei a pessoa que mais duvidava de minha capacidade.
O que se deve fazer sobre o “eu pós-falha” não é quantificar o número de fracassos que lidamos e nos frustrar, mas sim focar na sua atitude no minuto, hora, dia seguinte. O erro estará presente em diversos momentos, causará stress, frustração, raiva, tristeza, porque somos humanos e sentimento espontâneo faz parte de nós; porém, se afogar nestes sentimentos ou ignorá-los completamente não nos tornam profissionais melhores, devemos digerir, lidar com a situação, pensar quais ações e atitudes serão necessárias para que sejamos uma versão melhor de nós mesmos e trabalhar para alcançar o êxito.
“As primeiras conclusões que extraímos de nossos sucessos ou fracassos, normalmente são erradas. Medir o resultado sem avaliar o processo é ilusório”. (Ed Catmull, Criatividade S.A)
Como Ed Catmull citou acima não devemos tornar como verdade absoluta o resultado, seja ele um êxito ou falha; devemos entender neste processo quais são os nossos pontos fracos e qualidades, ter em mente o perfil de profissional ideal que deseja-se alcançar e entender o que é necessário para se desenvolver e se aproximar do perfil desejado.
O fracasso nos fará sentir medo, perder a autoconfiança, ter receio de tentar de novo e nos paralisar por alguns instantes, mas não pode definir quem queremos ser.
José Eduardo Carneiro Domingos dos Santos
Acadêmico de Administração
Co-fundador da Educere – Cursos e Treinamentos