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SC ficará fora da corrida dos Estados pela compra da vacina

Santa Catarina não entrará na corrida dos estados pela compra de vacinas. Pelo menos por enquanto. De volta ao governo, Carlos Moisés (PSL) defende que a aquisição de doses deve ser centralizada no governo federal, e entende que esta é uma questão humanitária.

Em conversa com a coluna, na manhã desta segunda-feira (10), Moisés disse que já se posicionou a respeito no ‘grupo dos governadores’. Ele ressaltou que o problema não são recursos para a vacina no Estado – Santa Catarina tem R$ 300 milhões que poderiam ser investidos na compra de doses – mas a distribuição.

O entendimento do governador é que, caso consigam adquirir doses, os estados deveriam doá-las ao governo federal para que haja uma distribuição uniforme, e que atenda a critérios de prioridade. No momento, pelo menos seis estados, além do Distrito Federal, estão consorciados para a compra de doses – que ainda não ocorreu.

– Nossa saída, por questão humanitária, é a centralização pelo governo federal. Se algum Estado conseguir, tem que entregar para o governo central. Não é porque um estado tem dinheiro, que vai vacinar antes dos demais. Nossa saída da pandemia é a vacinação – diz.

Apesar disso, a compra de vacinas pelo Estado não está totalmente descartada pelo governador.

– Não significa que, se por alguma razão o governo federal não comprar vacinas, e Santa Catarina tiver acesso a elas, não vamos comprar – ponderou.

Moisés afirma que as informações que vêm do Ministério da Saúde são de que não faltam recursos federais para vacinas no Brasil. O problema, segundo ele, está na indisponibilidade de doses por parte dos fabricantes – e isso dificulta a entrada dos estados nesse mercado.

Moisés também falou sobre a compra de vacinas por prefeituras. O processo mais adiantado é o Conectar, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que tem à frente o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM). Para o governador, a aquisição de vacinas pelos municípios pode pressionar os preços e criar situações em que cidades saiam na frente de outras na imunização – o que, na opinião dele, não atende de forma adequada o combate à pandemia.

– Não basta um, dois ou três municípios estarem imunizados. É preciso distribuir a vacina por vulnerabilidade, atender os que mais precisam primeiro.


Fonte: Dagmara Spautz/NSC Total ​

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