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Coluna | São as pessoas que importam | Os ciclos na economia

Os ciclos na economia

Vivemos um tempo de indefinições. Muitas incertezas rondam as tomadas de decisões. Na economia alternam-se ciclos de expansão econômica com ciclos de contração econômica. Uma certeza é que após graves crises econômicas, a expansão ocorre em ritmo célere, buscando recuperar os tempos de vacas magras. É típico do ser humano buscar maximizar seus lucros e iniciativas quando os ventos o favorecem. Quando você tem uma noção clara do mercado, das forças que o determinam, sejam políticas, tecnológicas, sociais ou demográficas, o ambiente se estabelece, e as decisões são mais claras.

Na área econômica há duas condições que levam a incertezas: a presença de ciclos econômicos na economia capitalista e a segunda é a turbulência dos mercados em função da globalização e do rápido desenvolvimento da tecnologia. Às vezes, as contrações econômicas são breves, porém, o retorno ao máximo é bem mais longo. É importante compreender o que leva uma economia à contração e ao seu estado mínimo, e o que leva um ciclo econômico a se expandir e alcançar o máximo, quais fatores contribuem para cada uma dessas fases.

Quando as perspectivas são positivas a economia cresce. A retração ocorre em função de baixa renda, demissões, greves de grande porte, inventários inflados, instabilidade política, isso abala a confiança das empresas e a contração se inicia. As pessoas e empresas se desfazem de ativos financeiros, guardam dinheiro vivo e diminui a quantidade de negócios. A expansão é retomada a partir de uma política monetária ou fiscal que contribui para a retomada e a partir de gastos governamentais.

A turbulência do mercado ocorre muito em função da interdependência e da interligação que o mercado tem. A globalização e a tecnologia facilitam essa ocorrência. A velocidade de informações nos negócios em função das novas tecnologias e a globalização que facilitou exportações e importações facilita mudanças rápidas no mercado. Os custos podem se tornar mais baixos, mas a quantidade de informações colabora para tornar as empresas mais vulneráveis. Entre as principais fontes da turbulência podemos citar a hiperconcorrência, o fortalecimento do consumidor, o meio ambiente, os fundos soberanos de riqueza, a revolução das tecnologias e inovações disruptivas.

Fonte: Capitalismo em confronto, Philip Kotler, 2015.

Odair Balen


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