Sandra Aparecida Pereira, a mulher que estava na carona da moto que foi atingida por um caminhão na tarde deste sábado (6) em Penha, morreu na noite deste domingo (7). Ela tinha 47 anos e estava hospitalizada no Hospital Marieta, em Itajaí. Ela e o marido, Anderson Antônio Pereira, 49 anos, voltavam de um passeio de moto por Campo Alegre, no Planalto Norte, quando foram atingidos pelo caminhão.
O primo de Anderson, Márcio Pereira, confirmou à NSC TV que a morte de Sandra ocorreu às 18h30. No acidente, ela teve perfurações nos rins e nos pulmões. A família já havia sido chamada antes para despedir-se dela pela equipe do hospital.
As cenas do acidente foram registradas por outros motoristas que trafegavam pela BR-101 e impressionam: o motorista do caminhão atropelou a moto e continuou dirigindo em alta velocidade, mesmo com o veículo engatado à frente do caminhão. Anderson havia conseguido se pendurar à cabine e pedia que o motorista parasse, mas este não só não atendia ao pedido como ainda tentava derrubá-lo.
O motorista continuou dirigindo por 32 quilômetros, chegou a bater em outros carros e só parou próximo ao Morro do Boi, em Balneário Camboriú. Ele deverá ser indiciado por homicídio, já que a polícia encontrou cocaína na cabine e o homem confirmou que estava sob uso de “rebite” para ficar acordado.
Sandra ficou caída na pista no km 106 da rodovia. Anderson foi internado no Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. Ele não sofreu ferimentos graves, mas entrou em estado de choque e precisou de cuidados médicos.
Segundo Márcio Pereira, primo de Anderson, os dois estavam “curtindo um sonho” com a motocicleta adquirida há quase dois meses. Eles são moradores de Balneário Camboriú.
— Foram a passeio de moto até lá (Campo Alegre) e voltaram. Um bate e volta, como se fala. Faz uns dois meses que ele comprou a moto, era um sonho dele. Estava curtindo o sonho — conta o primo.
Em um vídeo feito pelo casal e enviado a familiares momentos antes do acidente, eles brincam dizendo que pararam para almoçar em um restaurante. Sentado no chão e com um sanduíche em mãos, Anderson diz:
— Galera, paramos neste restaurante para almoçar (risos). Mas estamos distante porque não pode ter aglomero na rua — destaca.
A esposa de um amigo que estava junto com o casal foi quem gravou o vídeo. Ela também brincou:
— Vocês que não quiseram vir, quiseram ficar em casa, bem que vocês fizeram. Agora estamos sentados na estrada comendo — diz em meio às risadas.
Fonte: NSC