A polícia encontrou na madrugada desta quarta-feira (23) em Rio dos Cedros (SC), no Vale do Itajaí, o corpo de uma mulher de 36 anos, Josiele Lopes, e do filho dela, um bebê de 3 meses de idade. Os dois estavam desaparecidos desde 15 de setembro.
O ex-companheiro da mulher e pai da criança, de 34 anos, foi preso também na madrugada, em Itapema, Litoral Norte catarinense. Ele confessou à polícia ter envenenado uma carne que a mulher consumiu antes de amamentar o filho e indicou o lugar onde ocultou os corpos. O crime ocorreu em 15 de setembro, segundo o homem.
A prisão foi por suspeita de homicídio do bebê e feminicídio da mulher. A polícia trabalha com a hipótese de que as mortes ocorreram devido ao envenenamento. O bebê teria ingerido o veneno ao mamar. Os corpos foram enterrados em uma área de mata. Nesta manhã, eles foram levados para passar por necropsia no Instituto Médico Legal.
Segundo o delegado Diogo Medeiros, a motivação alegada pelo preso, que manteve um relacionamento de um ano com a mulher, é a descoberta de que ela estaria em outro relacionamento amoroso.
“Ele arrumou um veneno e colocou na carne para a ex-companheira. O bebê mamou. A mãe começou a passar mal, e o ex-companheiro, a pretexto de socorrê-la, colocou os dois no carro e foi até a cidade de Rio dos Cedros e ocultou o cadáver dessas duas pessoas que já estavam mortas, provavelmente, dentro do carro”, explicou o delegado.
Ainda segundo a investigação, o suspeito teria premeditado o crime. “Ele as colocou num local totalmente ermo, inabitado, numa zona rural”, disse Medeiros.
Suspeito teria enviado mensagens se passando pela vítima
A família procurou a polícia após desconfiar que mensagens enviadas do celular da mulher no dia 15 não foram escritas por ela. Após enviar as mensagens, ela teria bloqueado os familiares no aplicativo. O filho mais velho da vítima, de 17 anos, procurou a polícia e registrou boletim de ocorrência depois de ela ser considerada desaparecida.
“Seguimos a linha de que esse ex-companheiro teria matado esta desaparecida. Cumprimos o mandado de prisão, mostramos ao investigado as incongruências por ele ditas inicialmente e aí ele resolveu confessar que matou a ex-companheira e o seu filho”, explicou o delegado.
Os dois estariam juntos havia cerca de 1 ano e, segundo a família, as brigas entre o casal eram frequentes na casa onde moravam em Itapema. Não foi informado há quanto tempo eles estavam separados.