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10 negócios brasileiros “invisíveis” para os investidores ficarem de olho

Quando começou a escrever o livro Oportunidades Invisíveis (editora Matrix), o publicitário e consultor de diversidade Paulo Rogério Nunes queria contar sobre os negócios que deixam de ser grandes oportunidades para investidores, e ao mesmo tempo inspirar novos empreendedores.

Ele, que é co-fundador da aceleradora Vale do Dendê, mapeou empreendimentos do Brasil e do mundo. A necessidade de relatar suas experiências e incentivar a aceleração dos negócios criados por pessoas negras, LGBTI+ e de outros grupos socialmente minorizados era tanta que toda a produção do livro foi feita em nove meses.

“Minha intenção era mostrar urgentemente que acelerar e contratar os serviços desses empreendedores é além de uma questão social, um ganho para o negócio”, diz.

Somente os pretos e pardos — 56% da população brasileira — movimentam 1,7 trilhão de reais por ano. Na empresas com eles na liderança, o lucro costuma ser 36% maior do que aquelas sem diversidade étnico-racial, como aponta a consultoria McKinsey. “Desenvolver esses negócios é fomentar o potencial econômico do país, assim como de outros grupos diversos”, afirma Nunes.

Conheça abaixo os negócios:

Rádio Yandê – A primeira web rádio indígena do Brasil busca priorizar os conteúdos artísticos e jornalísticos também produzidos por indígenas. No Instagram, o empreendimento tem quase 24 mil seguidores.

Laboratório Fantasma – Fundada pelos irmãos Emicida e Fióti, a LAB Fantasma é uma empresa de entretenimento que conta com gravadora, editora, produtora de eventos e marca de roupas. A empresa é reconhecida por preencher uma lacuna nos negócios que valorizam a estética e cultura negra e periférica.

Diáspora Black –  startup, com funcionamento semelhante ao do Airbnb, permite que pessoas se inscrevam-se para viajar ou receber viajantes em sua casa, mas sempre focando na cultura negra, tanto em relação ao tipo de turismo, quanto ao acolhimento seguro de viajantes pretos e pardos. Desde 2017, a plataforma atendeu mais de 4 mil turistas.

Hand Talk – A plataforma desenvolvida em Maceió traduz simultaneamente conteúdos em português para a língua brasileira de sinais. O objetivo é promover a inclusão de pessoas surdas.

Fonte: Exame

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