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VÍDEO: Tempestade de granizo deixa rodovia coberta de gelo em SC

Tempestade de gelo é registrada em SC - Foto: Reprodução Instagram | roadtrippersbr

Uma intensa chuva de granizo atingiu cidades da serra de Santa Catarina na tarde deste sábado (2). De acordo com informações do portal de notícias G1, não há relato de feridos, mas telhados e carros ficaram danificados.

O casal de gaúchos Ana Pohl e Gio Manfroi presenciou o fenômeno quando viajava pela BR-282, próximo ao município de Urubici. Os dois, que mantêm o perfil de viagens @roadtrippersbr nas redes sociais, fizeram registros da rodovia coberta de gelo, confira o vídeo:

— Foi algo surreal, a gente nunca viu tanta pedra na estrada — disse Ana.

A meteorologista do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Eliana Klering, explica que o fenômeno é definido como uma “precipitação de grânulos de gelo”. É quando formam-se nuvens de “grande desenvolvimento vertical” chamadas de cumulonimbus:

— Como o topo dessas nuvens estão em uma região com temperaturas abaixo de 0°C, as gotículas de água congelam dando origem pequenos núcleos sólidos. A partir de então começa o congelamento do vapor d’água ao redor dos núcleos. Quanto mais rápido o movimento de circulação no interior da nuvem, mais o grânulo de granizo cresce, formando uma estrutura semelhante a uma cebola. Esse movimento contínuo faz com que sejam adicionadas novas camadas de gelo até que as grânulos se tornam tão pesados que não podem mais ser suportados na nuvem, e, pela ação da gravidade, atingem a superfície da Terra — detalha.

Segundo a especialista, o fenômeno costuma ocorrer em dias muito quentes e, normalmente, no turno da tarde:

— Como aconteceu na serra catarinense, pois o intenso aquecimento da superfície propicia a formação das nuvens cumulonimbus. Normalmente, as precipitações de granizo acontecem em curtos período de tempo. A de hoje durou cerca de 12 minutos, mas podem ser muito intensas – completa.

De acordo com Ernani Nascimento, professor do curso de Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), as tempestades de granizo de verão associadas a centros de baixa pressão de níveis superiores não são raras na região Sul do Brasil:

— Como havia umidade vindo do oceano, juntou-se dois fatores: forte instabilidade e oferta de umidade. Isto favoreceu a formação da tempestade de granizo – acrescenta.

A Defesa Civil catarinense havia emitido um alerta para a possibilidade de temporal isolado com “descargas elétricas, rajadas de vento e granizo”.

 

Fonte: Gauchazh