Certa vez me disseram que o apogeu inexorável de uma sociedade plena é o exercício completo da cidadania e democracia. Não entendi muito bem, mas com o passar dos anos os sentidos ficam treinados…
O Homo Sapiens tem necessidade instintiva de viver em comunidade e ser aceito por seus semelhantes. Nesse desejo constante por aceitação, somos receptivos a ideias e diretrizes que julgamos ter origem em nossas próprias convicções.
Pois então, você não possui ideias, as ideias possuem você!
Essa possessão é tão forte e a convicção é tão firme que perdemos o controle sobre nós mesmos. Continuamos a defender e a dizer coisas, mesmo sabendo que são mentiras…
A percepção da realidade é sempre subjetiva e somos aceitos por àqueles que enxergam de maneira parecida à nossa. Na busca pela nossa verdade, nos chocamos com a verdade alheia…
Fascista, autoritário, ignorante, intransigente, facínora…
Não interessa, em algum momento você transitará por esses adjetivos…
Na batalha das “verdades”, a realidade percebida sempre é parcial. Sob a égide da democracia, vivemos e morremos por “nossas” ideias…
Se existem conflitos, isso é apenas superficial. O problema real é a falta da coragem em admitir que determinadas verdades possam ser não tão boas assim. Por trás da capa heroica e libertadora, podem existir vontades que não estão mostrando o que realmente são. Apenas dizem aquilo que tu acha que irá gostar…
Era muito confortável acreditar na ideia “absoluta” de que o Sol girava ao redor da Terra não é mesmo?
A solução para os problemas da humanidade está na integridade e tolerância dos indivíduos, pois o muro só é forte se as pedras de sua construção estão justas e encaixadas, mesmo que ao lado, algumas sejam mais ásperas que outras…
Guilherme Menegon Giesel
Gaúcho, Chapecoense por escolha, cientista inacabado e um entusiasmado por empreendedorismo.