Coluna | São as pessoas que importam
Buscar justiça é construir aos poucos um mundo com menos injustiças. Isso acontece ao se viabilizar arranjos sociais justos, através das instituições e comportamentos, a partir das decisões tomadas, e que levem a uma evolução na teoria da justiça. Ao acompanhar os debates na TV, e ouvir sobre as várias formas como os políticos recorrem para fugir das ilegalidades, percebemos como não se faz justiça, principalmente, em função de prazos e recursos. Se comparamos aos pobres viventes, que lutam de sol a sol para buscar o sustento diário, há um outro mundo, cheio de injustiças, onde as práticas sociais são vistas com um olhar diferente, e os julgamentos das pendengas são mais céleres. Quando falamos de justiça, há nosso auto interesse, e o que devemos uns aos outros, ou seja, além de nossos próprios objetivos e nossas preocupações, há as responsabilidades sociais. É, quando entra o papel da Razão, nas escolhas que fazemos. A razão, inspeciona ideologias, e crenças cegas. O ser humano, necessita olhar para alguns monstros, que estão associados a ele. Examinar valores sociais e políticos, e as práticas jurídicas e sociais vigentes. Cometer menos injustiças passa por diálogos sistemáticos valorizando a diversidades existente nos aspectos culturais, religiosos, com respeito ao laicismo e à neutralidade religiosa. A razão nos sinaliza os caminhos para resolver os problemas difíceis relativos ao bom comportamento, e os desafios, para a construção de uma sociedade mais justa. As emoções, também fazem parte junto com a razão, da reflexão humana.
Esse texto é baseado nas páginas iniciais do Livro “A Ideia de justiça” do autor Amartya Sen, nascido em Bangladesch.
Odair Balen
Diretor de Relações Sociais e Ambientais da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC)