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Tá ruim, mas tá bom

Coluna | Não é Só Futebol

Na manhã/tarde deste domingo (09), a Chapecoense fez sua estreia na série B do Brasileirão frente ao Oeste, em Barueri. O jogo terminou em empate sem gols, e o Verdão traz um ponto para casa.
Sabemos que estreias normalmente são complicadas. Há sempre o nervosismo, a “perna presa”, o estudo do adversário em campo, e com a Chape não foi diferente. De uma forma geral, o jogo foi muito feio. Ambas as equipes mostraram pouca inspiração ofensiva, muitos erros de passe e o cansaço acumulado de uma maratona de jogos que só tende a se intensificar com o calendário maluco aprovado para esse ano. Analisando friamente, as chances criadas pelo Verdão foram as mais claras. A Chape começou melhor, e quase abriu o placar com um chute de fora da área. Pelo lado do Oeste, vimos a famosa “possa de bola burra”, pois, mesmo tendo a redonda consigo a maior parte do tempo, a equipe paulista não conseguia criar grandes oportunidades, pois insistia em passes para o lado e para trás (lembrou do grande Campanharo, certo, leitor?).
Pelo lado do Verdão, houveram também desfalques importantes. A Chape segue sem Anderson Leite e Vini Locatelli, e de última hora ainda perdeu Anselmo Ramon para o jogo frente ao Oeste. Falta elenco para a Chape, mas isso não é algo novo para o torcedor. O fato é que a diretoria alviverde tem se empenhado em trazer peças para qualificar o grupo de jogadores, e fez duas contratações interessantes para a sequência da série B. O rodado Thiago Ribeiro vem para qualificar o meio de campo do Verdão, podendo atuar também mais avançado dentro das quatro linhas, e o atacante Lucas Tocantins, artilheiro do paranaense de 2020 chega como grande aposta para um setor em carência da equipe.
Se dizem que “azar pouco é bobagem”, o Verdão perdeu durante a partida o meia Denner, um dos destaques em campo até então. Com lesão no posterior da coxa, é bem possível que Denner fique afastado dos gramados por pelo menos duas semanas (sendo otimista). Espero estar errado nessa previsão. Curioso foi o fato do meia-atacante Foguinho ter entrado no lugar do lesionado camisa 8 e não ter terminado o jogo, sendo substituído na segunda etapa pelo meia Lima. Pode ter sido por questão física (o que é um problema), ou por questão tática (o que pode ser um problema maior), mas liga-se a “luz amarela” para esse jogador, que tem um grande potencial de desenvolvimento nessa série B.
Quanto às alterações, não podemos criticar Louzer no dia de hoje. Digamos que ele fez o que podia, com o “material” que tinha em mãos. Mas uma coisa é certa; tem jogadores tendo oportunidades de jogar frequentemente que não tem condição alguma de vestir a camisa do Verdão. O torcedor atento vai saber ligar os pontos, então deixamos essa sugestão nas entrelinhas.
De uma forma geral, podemos dizer que o empate frente ao Oeste não foi um resultado bom, visto que a equipe paulista, rebaixada no campeonato estadual e muito ruim tecnicamente, tende a lutar contra o rebaixamento na série B. Por outro lado, o Oeste tem um histórico muito grande de empates nos últimos anos dentro da competição, e estrear marcando pontos (ou ponto, como o deste domingo) longe de casa sempre é importante em uma competição longa e complicada. O empate pode ter “soltado a perna” dos atletas para o jogo de quarta-feira, contra o CSA, na Arena Condá. A vitória em casa torna-se fundamental para um bom início de campeonato. Sejamos pacientes e humildes em nossos objetivos no certame. Tá ruim, mas tá bom, faltam 44 pontos para nossa permanência na série B. Passo a passo, jogo a jogo.
#VamosChape
Derlei Florianovitz