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SC pode registrar 80 mil casos de Covid-19 até o final de semana, aponta SES

Covid-19: ‘A terceira onda já começou’, alerta secretário de saúde de SC – Foto: Leo Munhoz/ ND

Santa Catarina pode registrar 80 mil novos casos de Covid-19 até o final desta semana, aponta a Secretaria de Estado da Saúde do governo do estado na atualização da matriz de risco por região publicada no último sábado (22). O estado totalizou na última sexta-feira (21) 64.821 casos ativos da doença, um aumento de 41% em relação à semana passada, em que o número registrado era de 45.915.

As mudanças no mapa de risco são reflexo do aumento de casos confirmados de Covid-19 nas três primeiras semanas de 2022. Isso impacta na dimensão transmissibilidade, onde é monitorado o número de casos ativos notificados no período e a velocidade de transmissão. Esse aumento provocou uma piora no cenário epidemiológico de todas as regiões. Chama atenção que o número de casos ativos é o maior registrado em toda a série histórica, em que o pico havia sido registrado em 22 de março de 2021, com 39.017 casos.

Somente Chapecó, que se encontra em área de risco potencial alto na matriz regionalizada, foi de 2.435 casos ativos na sexta-feira da semana passada (14), para 3.465 casos ativos de coronavírus nessa última sexta-feira (21).

O secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, fez nesse domingo (23) um apelo em suas redes sociais para que as medidas de proteção e prevenção da doença sejam reforçadas:

A Secretaria de Estado da Saúde emitiu alertas às prefeituras com recomendações sobre a importância da manutenção das medidas de prevenção, como uso universal de máscaras, manutenção do distanciamento físico, a preferência por ambientes ventilados e de evitar aglomerações.

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), adiantou na manhã desta segunda-feira (24) em suas redes sociais que não pretende fechar o comércio novamente para frear a circulação da variante Ômicron:

Também foram emitidos alertas sobre a importância de se respeitar as normas sanitárias, em especial, referente ao protocolo Evento Seguro, que prevê a participação de pessoas vacinadas ou testadas, mantendo o uso de máscaras durante a realização do mesmo.

As elevadas taxas de cobertura vacinal têm reduzido o risco de hospitalizações e óbitos, que se concentram no momento em pessoas que não completaram o ciclo vacinal, incluindo a dose de reforço.

Matriz de risco

A nova matriz tem 13 regiões classificadas como risco potencial alto (cor amarelo) e quatro no nível de risco moderado (cor azul). Em um comparativo com o relatório divulgado na semana anterior, as regiões do Extremo Oeste, Médio Vale do Itajaí e Xanxerê, que estavam classificadas no nível alto (amarelo), tiveram melhora nos indicadores e passaram a ser classificados no nível moderado (azul), juntando-se ao Alto Uruguai Catarinense.

Já o Vale do Itapocú, que estava no nível moderado (azul), teve piora na dimensão transmissibilidade, se juntando às regiões do Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Meio Oeste, Nordeste, Oeste, Planalto Norte e Serra Catarinense que se mantiveram no nível alto (amarelo).