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Queda de avião com integrantes do Palmas no TO: veja o que se sabe e o que falta esclarecer

Avião ficou completamente destruído após cair em Luzimangues — Foto: Divulgação

O acidente com o avião que levava integrantes do Palmas Futebol e Regatas neste domingo (25) ainda tem muitas perguntas sem resposta. Confira o que já se sabe sobre a tragédia e o que ainda falta esclarecer.

Quando foi o acidente?

A queda do avião foi logo após a decolagem, por volta das 8h30 deste domingo (24). Os relatos das testemunhas indicam que o choque com o solo foi segundos após a tentativa de levantar voo e que logo em seguida houve duas explosões.

Onde foi o acidente?

A cerca de 25 quilômetros de Palmas. A pista de onde o avião ia decolar é particular e pertence à Associação Tocantinense de Aviação (ATA). O local é no território do distrito de Luzimangues, em Porto Nacional. A queda da aeronave foi a aproximadamente 500 metros da cabeceira da pista.

Pra onde o avião ia?

O avião levaria os jogadores e o dirigente do Palmas para Goiânia. A equipe enfrentaria o Vila Nova, pela Copa Verde. A partida foi adiada após o acidente e não tem nova data para acontecer.

Quais são as causas da queda?

Ainda não há informações sobre o que pode ter causado o acidente. Uma equipe do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VI), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizado em Brasília (DF) foi acionada. Não há previsão de quanto tempo a apuração do caso deve levar.

Avião pegou fogo logo após cair em Porto Nacional — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Quem eram os passageiros?

Seis pessoas estavam a bordo do avião. Nenhuma delas sobreviveu. A aeronave era pilotada por Wagner Machado Júnior, que tinha mais de 30 anos de experiência em aviação, segundo um amigo próximo. O presidente do Palmas Futebol e Regatas, Lucas Meira também estava a bordo.

Os outros quatro ocupantes são atletas do time. o goleiro Ranule, o lateral-esquerdo Lucas Praxedes, o zagueiro Noé e o atacante Marcus Molinari. Nenhum deles tinha estreado pelo clube ainda, já que tinham sido contratados neste início de ano. Confira o perfil de cada um.

Vítimas do acidente aéreo que levava parte da delegação do Palmas Futebol e Regatas, do topo esquerdo, em sentido horário: o atacante Marcus Molinari, o lateral-esquerdo Lucas Praxedes, o empresário Lucas Meira, o piloto Wagner Machado, o goleiro Ranule e o zagueiro Guilherme Noé — Foto: XV de Jaú/Divulgação; Caldense/Divulgação; Reprodução

Porque alguns integrantes do time iam no voo particular?

Os quatro atletas que estavam na aeronave embarcaram no avião porque testaram positivo para a Covid-19. O período de isolamento deles terminaria neste domingo (24) e por isso o time optou por enviá-los na aeronave de pequeno porte. A ideia era que eles participassem da partida da segunda-feira (25), já que estariam aptos para entrar em campo. Os outros integrantes iriam em um voo comercial no final da tarde do domingo. Com a tragédia, todas as viagens foram canceladas.

Como os corpos estão sendo identificados?

O Instituto Médico Legal informou que em razão da carbonização dos corpos, solicitou aos familiares a documentação odontológica de cada uma das vítimas e realizou coleta de DNA. Todos os corpos foram identificados ainda na noite do domingo (24).

A quem pertencia o avião?

O Corpo de Bombeiros informou que se trata de um bimotor modelo Baron, de prefixo PTLYG. O site da fabricante do avião, a Beechcraft, indica que este tipo de aeronave pode transportar no máximo seis pessoas por voo.

De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião pertencia a uma construtora com sede no Pará chamada Meirelles Mascarenhas Ltda e não tinha autorização para realização de serviços de táxi aéreo. A assessoria do Palmas informou que o avião tinha sido adquirido há pouco tempo pelo presidente, Lucas Meira, e que estava em fase de transferência. O time informou que o avião não estava realizando serviço de táxi aéreo.

A Agência Nacional de Aviação Civil informou que as informações sobre o tipo de contrato feito para este voo serão apuradas em processo administrativo de investigação.

Onde os corpos serão velados?

O presidente do clube, Lucas Meira, foi o primeiro a ser identificado no Instituto Médico Legal. O velório está sendo realizado na sede de uma empresa que pertence à família do dirigente na capital. O sepultamento será realizado na manhã desta segunda-feira (25) no cemitério Jardim das Acácias, em Palmas.

Os demais ocupantes da aeronave são de outra cidades do Brasil e ainda não há informações de onde os velórios serão realizados. Todos os corpos foram liberados ainda na noite de domingo (24), mas aguardam a chegada de algum parente para retirada.

Fonte: G1