Somar Meteorologia afirma, no entanto, que o Brasil irá sentir os efeitos do fenômeno já no próximo inverno; entenda os impactos!
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos atualizou nesta quinta-feira, 14, sua projeção para o clima e admitiu a possibilidade de La Niña no verão de 2021. O órgão prevê a manutenção da neutralidade climática durante o inverno e primavera de 2020 no Brasil.
Esta foi a primeira vez que o NOAA convergiu com as previsões do Instituto Internacional de Pesquisas para Clima e Sociedade (IRI), da Universidade de Columbia, sobre a influência do fenômeno nos próximos meses.
Aumento da chance do fenômeno La Niña, representado pela barra azul ao longo dos trimestres móveis
“Pela primeira vez temos um consenso de previsão de La Niña para o fim do ano. Os dois institutos estão convergindo para um resfriamento do oceano Pacífico no trimestre entre novembro deste ano e janeiro de 2021, pegando o verão aqui no Brasil”, diz a editora do tempo do Canal Rural, Pryscilla Paiva.
Porém, apesar dessa previsão do La Niña apenas no fim do ano, o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Celso Oliveira, afirma que a partir do segundo semestre, a atmosfera já se comportará como La Niña.
Impactos do resfriamento do oceano Pacífico no mundo entre junho, julho e agosto.
Fonte: Somar Meteorologia
Com isso, a previsão é que essa condição deixe o inverno mais seco no Centro-Sul do Brasil. “Podemos esperar um atraso na regularização das chuvas na primavera. Se já estamos com seca no Sul, o cenário de La Niña traz um futuro não muito animador nesta região e na Argentina, que são áreas que podem enfrentar um verão com chuvas irregulares e abaixo da média”, explica Paiva.
Fonte: Canal Rural