Presos fazem reféns em rebelião na penitenciária de Criciúma

Em nota, a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa de Santa Catarina confirmou que houve um fato de subversão à ordem. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) de Florianópolis foi convocado para ir até o local.

O Serviço Aeromédico (Sarasul) prestou socorro a dois agentes penitenciários que ficaram feridos durante a ação. Um deles sofreu um corte no rosto e outro teve uma lesão na mão. Os dois já foram liberados. Outros dois profissionais que trabalham na unidade seguem dentro da unidade feitos de reféns.

Segundo informações iniciais da polícia, um grupo de dez apenados da galeria H rendeu dois agentes penitenciários. Os presos estão armados com uma espingarda calibre 12, que era de um dos agentes reféns.

Ainda de acordo com informações levantadas pela PM, os presos pedem por melhores condições dentro da penitenciária e desejam falar com representantes do poder judiciário.

“Tomamos conhecimento dessa rebelião. A Polícia Militar está contornando a situação. Entendemos que se trata de uma tentativa dos presos de causarem algum tipo de comoção, por entenderem que têm alguns direitos a mais. Acontece que essa unidade é considerada de segurança máxima, e tem um esquema disciplinar muito rígido. Muitos desses presos não se adaptam e acabam se rebelando” informou à NSC a juíza titular da Vara de Execuções Penais de Criciúma, Débora Zanini.

A PM de Criciúma e equipes dos batalhões de Içara e Araranguá, que ficam na mesma região, também auxiliam na operação. O Corpo de Bombeiros e o Samu também destacaram unidades a pedido da Polícia Militar.

A penitenciária fica no limite de Criciúma com Araranguá e foi inaugurada em 2008.É considerada uma das mais seguras do sistema prisional catarinense. A Penitenciária Sul tem 690 vagas e encontra-se com 800 apenados.

A galeria H, onde acontece a rebelião, é para onde são encaminhados os presos de lideranças de facções criminosas do estado.