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Os desafios de liderar equipes no novo normal

Adaptações exigidas nesse momento trazem novas situações para líderes e suas equipes

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Liderar equipes é uma missão que exige muitas competências em qualquer que seja o cenário. A pandemia de coronavírus trouxe um “novo normal” para o mercado de trabalho e uma série de adaptações tiveram de ser feitas em decorrências de todas as singularidades deste momento. As demandas de trabalho agora muitas vezes se confundem com as tarefas domésticas, por exemplo – o que faz com que o líder reavalie não apenas a rotina dos membros do time como também as próprias práticas profissionais.

Segundo a coordenadora do curso de Administração – Gestão para Inovação e Liderança (GIL) da Unisinos, Janaína Lemos Becker, a palavra de ordem para os gestores de equipe neste momento é empatia. “É essencial que os líderes procurem projetar o que pensam, o que sentem e o que vivem os membros da sua equipe a fim de que ele tome as decisões mais alinhadas às condições e às possibilidades dos integrantes do time”, explica.

Para Janaína, um dos principais papéis dos líderes em meio à crise é sensibilizar os membros da equipe para a singularidade deste momento. “Considerar quão único é este contexto em que estamos inseridos possibilita que todo sujeito atravesse, com menos angústia, este aqui-e-agora tão desafiador”, explica.

E conforme destaca a professora, os desafios vão desde a qualidade da alimentação e do sono até as dores do corpo decorrentes do confinamento e do sedentarismo. Desde as dificuldades de convivência com os familiares até a dor da perda de um ente querido. Desde a eventual diminuição do orçamento familiar até o aumento das demandas decorrentes do trabalho remoto. “Definitivamente, sem empatia, não há como liderar uma equipe de pessoas cheias de desafios e de dores”, afirma.

Porém, como todos os desafios, é possível tirar aprendizados da situação. “Entre as principais lições que podemos levar estão o aumento do conhecimento sobre as competências dos membros da sua equipe, a ainda maior certeza de que ‘uma andorinha só não faz verão”’ ou seja, especialmente em tempos de crise, é o trabalho colaborativo que nos possibilita alcançar os resultados desejados”, destaca Janaína. “Além disso, podemos citar também a importância do respeito à dimensão pessoal do sujeito na manutenção da sua saúde integral e a maior aceitação dos atravessamentos da vida pessoal no exercício das atividades profissionais”, complementa

A professora dá dicas para os líderes de equipe exercerem seu papel da melhor forma e se manterem unidos com seus times, frente essa situação:

  • Interesse-se pelas dificuldades e pelas preocupações dos membros da sua equipe;
  • Apoie-os em caso de dificuldades profissionais e especialmente de problemas pessoais;
  • Incentive os integrantes do seu time a estabelecerem limites para o trabalho;
  • Respeite a carga horária e a demanda de trabalho a ser solicitada;
  • Comunique-se de forma clara, empática e respeitosa;
  • Forneça feedbacks constantes: é importantíssimo que você sinalize não apenas os erros, mas especialmente as conquistas.
  • Fonte: Correio do Povo