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Oeste de SC soma um terço de todos os casos de coronavírus do estado

Movimento comércio em Chapecó(Foto: Secom)

Com 2,4 mil infectados, Oeste de SC soma um terço de todos os casos de coronavírus do estado

A região Oeste de Santa Catarina tem sofrido com a pandemia do novo coronavírus desde o início do mês de maio, quando o número de casos aumentou repentinamente. Desde então, são os municípios do Oeste que apresentam os maiores quantitativos de infectados, somando um terço de todos os casos confirmados no estado.

Nesta terça-feira (27) a região contabiliza 2.418 pacientes, segundo dados do governo estadual. Desses, 831 estão em Chapecó, município com o número mais alto de pessoas infectadas em Santa Catarina. São 203 pacientes a mais do que em Florianópolis, que figura em segundo na lista de casos, mas que teve o primeiro contato com a doença ainda em fevereiro.

Também com um número importante, aparece Concórdia, com 563. O município ultrapassou Blumenau em número de contaminados nesta quarta-feira e é o terceiro com mais pacientes.

Outra cidade que chama a atenção é a de Entre Rios, com 57 pessoas diagnosticadas positivas para Covid-19. Embora o número pareça irrelevante, quando comparado ao quantitativo dos outros dois municípios, Entre Rios é cidade com mais casos por 10 mil habitantes em SC.

A região se tornou protagonista desde que o vírus chegou aos frigoríficos. Com grande número de funcionários, a infecção foi disseminada rapidamente entre os trabalhadores e suas famílias e movimentou até mesmo a Justiça. Entre as ações, houve a interdição na fábrica da JBS em Ipumirim e a determinação para testagem em larga escala na BRF, em Concórdia.

Além disso, uma ação civil pública para o fechamento do comércio em Chapecó, e movida pela Defensoria Pública do Estado, chegou a ser apresentada depois que a prefeitura se negou a seguir orientação do governo estadual para a suspensão das atividades por 14 dias, mas o pedido não foi atendido.

No início do surto na região o secretário de Estado de Saúde, André Motta Ribeiro, que a “pandemia viria em ondas”, inciando pelo litoral catarinense, até chegar ao Extremo-Oeste. Ele reforçou, no mesmo dia, o pedido de atenção às orientações do enfrentamento da doença.