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‘Não vamos atender à indicação do Estado’, diz prefeito de Chapecó sobre fechar comércio não essencial

Foto: Prefeitura de Chapecó/Divulgação

Apesar da recomendação do governo do estado para que o comércio não essencial seja fechado por 14 dias em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, o prefeito da cidade, Luciano Buligon (PSL), anunciou na manhã desta segunda-feira (11) que os estabelecimentos continuarão abertos, mas que a fiscalização deve ser intensificada.

O município tem 298 pacientes com Covid-19 e é o segundo do estado com o maior número de casos, segundo o balanço mais atualizado do governo catarinense. Não há registro de mortes no município. Em todo o estado, são 3.429 casos e 65 óbitos.

“Nesse momento, não vamos atender à indicação do governo do Estado e também do Ministério Público no sentido de fecharmos os serviços não essenciais”, afirmou o prefeito em uma transmissão ao vivo por uma rede social.

No entanto, mesmo com a manutenção dos comércios abertos, ele diz que conta com auxílio da Guarda Municipal e Polícia Militar para intensificar a fiscalização na cidade.

“Vamos, sim, apertar a fiscalização, fechar os estabelecimentos não essenciais que descumprirem qualquer medida”, disse Buligon.

Outra medida anunciada pelo município foi a disponibilização de hospedagem em hotel para pacientes com confirmação de Covid-19 e que tiverem dificuldade para cumprir o isolamento domiciliar. A permanência nesse local contratado será monitorado pela Secretaria Saúde do município e fiscalizada pela Guarda Municipal.

Prefeito de Chapecó fez coletiva e anunciou que comércio segue aberto — Foto: Prefeitura de Chapecó/Divulgação

 

Outra recomendação do governo estadual é a medição de temperatura dos clientes na entradas dos estabelecimentos. A prefeitura deve adotar a medida, mas ainda sem data exata para começar. As demais recomendações do governo do estado, como a disponibilização de álcool e a desinfecção dos ambientes, já estão sendo feitas, segundo a prefeitura.

Assim como ocorreu na região de Concórdia, o governo do Estado recomendou medidas mais restritivas para outros municípios da região Oeste, especialmente para Chapecó. Entre estas recomendações, estava o fechamento de serviços não essenciais por 14 dias.

Desde abertura do comércio em 13 de abril, movimento é intenso de pessoas nas ruas de Chapecó — Foto: Secom Chapecó/Divulgação

 

Após a reabertura do comércio, em 13 de abril, Chapecó registrou salto no aumento de casos e a prefeitura começou a fechar locais públicos onde estavam ocorrendo aglomerações. Dos 298 casos em Chapecó, a maior parte é de pessoas entre 29 e 40 anos. Na avaliação do município, grande parte das contaminações aconteceria durante o lazer, e não no trabalho.

Desde a metade de março, foram mais de 700 ocorrências de aglomeração atendidas só pela Guarda Municipal, não contando as ações das Policias Civil e Militar.

Desde sábado (9), é obrigatório o uso de máscaras de proteção facial para ajudar a barrar a transmissão e quem descumprir a regra poderá ser multado em R$ 216,64. A fiscalização será feita pela Guarda Municipal, com apoio da PM.

Segundo a Prefeitura de Chapecó, a administração municipal tem se reunido frequentemente com a diretoria técnica do Hospital Regional do Oeste, médicos, profissionais de saúde, e diz estar alinhada com o Ministério de Saúde, a agroindústria, e estado.

Fonte: G1 SC