Cerca de 20 sem-teto que moram na rua ou estão acolhidos na Casa de Passagem do bairro São Cristóvão foram recebidos na tarde desta quinta-feira no auditório da Prefeitura de Chapecó.
Eles estiveram reunidos com o prefeito João Rodrigues e as equipes da secretaria de Assistência Social e da Guarda Municipal.
O prefeito João Rodrigues conversou com cada um para saber as dificuldades e como o município pode ajudar, para que saiam da rua e tenham uma vida mais digna.
Entre os presentes estavam três cubanos que chegaram em Chapecó há menos de um mês e, enquanto procuram emprego, estão na Casa de Passagem, que é mantida pela administração municipal.
Sergio Yasmany Diaz Gunn, 33 anos, e Yodarka de La Caridad, 30 anos, estão há quatro meses no Brasil. Eles saíram de Cuba, passaram pelo Suriname e Guiana, até chegar em Boa Vista, em Roraima. De lá foram até Manaus.
– Um amigo nosso disse que em Chapecó teria emprego e por isso viemos para cá, no nosso país é uma ditadura e não temos nada. Não temos dinheiro e estamos desempregados – disse Yodarka, que está grávida de cinco meses e ainda não sabe se é menino ou menina. Ela também deixou em Cuba, com os avós, o primogênito, de três anos, que não vê há um ano. Seu marido Sérgio disse que a intenção é conseguir um emprego para ter uma moradia e trazer toda a família para Chapecó.
Klebei Ribeiro Castillo, outro cubano, que fez amizade com o casal quando estavam em Manaus, disse que chegou a trabalhar como motorista e vidraceiro em Cuba, mas estava desempregado, por isso decidiu vir ao Brasil. Ele tem um filho de 11 anos que mora com os avós e não vê há dois anos.
Outro imigrante, José Ramón Sanzonetti Garcia, que é venezuelano, está em Chapecó há cinco dias, na Casa de Passagem.
– Preciso trabalhar pois tenho esposa e dois filhos na Venezuela, em Monaga, que estão passando fome – disse.
De acordo com a secretária de Assistência Social, Elisiani Sanches, os imigrantes serão encaminhados para seleção de uma agroindústria da região, que ocorre nesta sexta-feira, em Chapecó.
O prefeito João Rodrigues disse que a administração fará o possível para ajudar.
– Nós queremos ajudar, seja com tratamento, com emprego e com moradia. Mas não vamos mais permitir gente dormindo na rua e pedindo esmola nos semáforos – destacou.
Fonte: SECOM