O estudante Matheus Fetter, de 10 anos, passou por uma cirurgia bariátrica que segundo a mãe, Gabriela Fetter, foi uma “luz no fim do túnel”. O menino já perdeu 15 dos 195 quilos que tinha em poucos dias. Ele passou pelo procedimento há quase duas semanas em Florianópolis, já teve alta médica e se recupera em casa com a família em Chapecó, no Oeste catarinense.
Por causa da obesidade, Matheus não conseguia jogar bola ou andar de bicicleta. A família busca por respostas para a obesidade dele desde o 1º mês de vida, quando o menino pesava 7 quilos.
Segundo a mãe, a criança foi em pelo menos 50 especialistas e, até agora, nenhum conseguiu oferecer um diagnóstico preciso sobre o caso.
Mesmo assim, a cirurgia foi a opção escolhida pela família que, com pressa para oferecer mais qualidade de vida ao garoto, organizou uma vaquinha virtual e conseguiu recursos para fazer o procedimento pela rede particular. “Nosso desejo, como pais, é que ele tenha saúde”, diz a mãe.
Mesmo com os resultados do procedimento chegando, a procura da família por respostas deve seguir.
Gabriela conta que a recuperação do filho está sendo boa e com poucas complicações. A parte mais difícil, segundo ela, é a ingestão só de líquidos por 15 dias. Matheus terá que retornar ao médico que fez a cirurgia pelo menos três vezes, em 40, 60 e 90 dias.
1º mês e 7 quilos
A mãe conta que Matheus nasceu de parto normal, com 38 semanas e pesando 3,360 quilos. Mas ela diz que foi após o primeiro mês que percebeu que o filho precisava de ajuda.
“Desde então, fomos a luta para descobrir o que ele tem, mas até hoje sem nenhum resultado. Não foi por falta de médico ou de especialista que esse resultado não veio, é pelo fato do Matheus ter uma doença muito rara”, diz Gabriela.
Segundo ela, foram feitos inúmeros testes genéticos, tomografias e mapeamentos para descobrir as causas da obesidade do filho, mas sem sucesso.
A mãe afirma que só a alimentação não explica o motivo do grande ganho de peso do menino. Segundo ela, Matheus acaba engordando mais que os níveis normais para uma criança de sua idade.
Cirurgia
A família viajava frequentemente de Chapecó a Florianópolis em busca de respostas, mas sempre saia frustrados, até a realização do procedimento.
Mais de 900 pessoas se sensibilizaram com os desafios da família e colaboraram para que a cirurgia pudesse acontecer. Mesmo com essa etapa vencida, Gabriela conta que muita gente ainda quer ajudar.
“Decidimos fazer a vaquinha, pelo fato de não termos muito tempo a esperar, ele corria risco de vida. Muita gente pede para ajudar independente dele já ter feito a cirurgia. Toda ajuda é muito bem vinda para qualidade de vida dele”, explica.
Nas redes sociais, Gabriela continua atualizando os mais de quatro mil seguidores sobre os avanços do filho e a busca por um diagnóstico preciso sobre a condição dele.
“Matheus é uma criança incrível e vem sendo até agora. Ele me surpreende a cada minuto, com uma força que eu sei que vem de Deus”, conclui a mãe.
Fonte: G1