Diagnosticada com a Covid-19, a médica pneumologista e intensivista Carmen Valente Barras foi salva pelo sistema de ventilação que ela ajudou a criar no final da década de 1990.
Em entrevista à CNN, nesta terça-feira (14), ela contou que foi contaminada pelo novo coronavírus durante o trabalho de atendimento a pacientes com a doença.
Mesmo de máscara e com todos os procedimentos de segurança, Carmen foi diagnosticada com a Covid-19 e ficou em estado grave, que evoluiu para um quadro de falta de ar.
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“Comecei a ter dessaturação e tive que ir para a ventilação. Tive necessidade de entubação e ventilação mecânica para o controle do quadro. Fiquei entubada por sete dias e internada por outros 24 dias”, contou.
Para a recuperação, os médicos usaram um aperfeiçoamento das técnicas de ventilação mecânica que foi criado pela própria paciente durante um estudo que chegou a ser publicado no “New England Journal”.
“Na USP, em 1998, a gente fez um protocolo de pesquisa randomizado controlado comparando ventilação protetora – que é titular as pressões que administra no tórax – com a ventilação tradicional da época”, detalhou a professora livre-docente de pneumologia da faculdade de medicina da USP e pesquisadora do hospital Israelita Albert Einstein.
“Mostramos que isso melhorava a complacência do pulmão e a oxigenação, além de que os pacientes sobreviviam significativamente mais depois desse quadro de insuficiência respiratória aguda”, acrescentou.
“Desde então, essa técnica é aplicada em nossos pacientes”, concluiu, acrescentando que o método ajuda a reduzir a mortalidade nos casos da Covid-19 e outros casos respiratórios.
Fonte: CNN